Depois de a Versace abolir a fabricação de roupas feitas com pele de animal e da Burberry, que além de parar de explorar os bichos, também decidiu que irá se esforçar para suspender a queima de peças de coleções antigas que ficam encalhadas no estoque, a mais nova grife a entrar para a moda sustentável é a DVF - Diane von Furstenberg. Em comunicado oficial, a CEO da marca, Sandra Campos, disse à revista WWD que a mudança será colocada em prática já na coleção de 2019, com a proposta de atender ao desejo do consumidor por uma moda ética. "É hora de fazer esta mudança e ter a responsabilidade de não promover matança de animais em nome da moda".
De acordo com a WWD, menos de 15% das coleções de outono e inverno da grife, desde 2015, incluíam peles de animais, principalmente em casacos e sobretudos. Mas, por causa do desejo do consumidor pelo consumo de uma moda ética e consciente, a DVF decidiu parar totalmente com o uso de peles exóticas, mohair, angorá e pelo. "Estamos comprometidos em apoiar a mudança para uma indústria de moda mais ética e sustentável, oferecendo ao consumidor alternativas inovadoras e sofisticadas", disse.
Com a mudança, a DVG agora é parceira da Sociedade Humana dos Estados Unidos e do PETA (No português, quer dizer "Pessoas pela Ética no Tratamento de Animais"), além do Conselho de Estilistas da América: essas entidades vão colaborar na prática de sustentabilidade e na substituição das peles de animais por peles artificiais, chamadas de fake fur. "Estou muito animada que a tecnologia nos deu uma maneira de sermos igualmente glamourosos com pele falsa", comemorou à WWD.
Entre as grifes brasileiras, a Osklen se aproxima do universo de moda consciente. Recentemente, a marca informou que utiliza couro de animais para aprimorar os acessórios, mas deixou claro que a pele é aderida por meio de descartes. Além disso, no processo de criação das roupas da nova coleção, a marca fez um trabalho desenvolvido com cooperativas, algodão reciclado, fibras de algodão orgânico e pet.
(Por Beatriz Doblas)