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A conscientização ambiental na indústria da moda está aumentando assim como a frequência das práticas sustentáveis dentro das produções. Depois que a Versace aboliu a fabricação de roupas feitas com pele de animal em suas coleções, foi a vez da Burberry! A grife de luxo britânica garantiu que, além de não sacrificar os seres vivos, irá se esforçar para suspender o costume de queimar peças de roupas de coleções antigas que ficaram encalhadas no estoque. A notícia é considerada um grande passo para os que buscam levar um estilo de vida fashion e consciente, mostrando-se preocupados com a sustentabilidade.
O movimento contra a utilização de pele, que conta com a campanha ativa da modelo Gisele Bündchen, busca implementar a fabricação de peças realizadas com material falso, que se assemelham com os verdadeiros. A grife que foi batizada com o nome do seu fundador, Thomas Burberry, apostava em animais como coelho, raposa e guaxinim asiático para garantir a matéria-prima de suas criações. O comunicado realizado pela marca informa que parcerias com outras empresas já foram estabelecidas para assegurar um novo modelo de negócios, procurando soluções orgânicas como o look utilizado por Gisele para prestigiar o MET Gala.
Muitas grifes praticam a ação de colocar fogo em parte do estoque quando ele não tem mais destino. Isso acontece, porque as marcas acreditam que assim estariam protegendo suas criações de serem furtadas ou de ter que vendê-las por um preço mais barato, desvalorizando a peça e acabando com a exclusividade. Além de fortalecer a ideia do consumo desenfreado, esse tipo de atitude causa danos significativos para o meio ambiente tanto por desperdiçar o material quanto as consequências geradas durante o processo. Segundo informações apuradas pela BBC, as mercadorias incineradas pela Burberry apenas em 2017 totalizaram 28,6 milhões de libras, o que equivale a 141,7 milhões de reais.
A mudança também está presente na aparência da grife e a decisão pode ter a ver com a atitude de inserir hábitos mais sustentáveis. Há um mês, a marca optou por trazer um novo monograma e logomarca, marcando a chegada do novo diretor criativo, Riccardo Tisci, que foi nomeado há seis meses. O designer italiano contou com a ajuda de Peter Saville, responsável também pela identidade visual da Calvin Klein.
(por Fernanda Casagrande)