Meghan Markle abriu o jogo a respeito de sua relação com Kate Middleton e demais integrantes da Família Real em entrevista a Oprah Winfrey, exibida neste domingo (7). Grávida pela segunda vez, a mulher do príncipe Harry disse ter pensado em um ato drástico contra a própria vida por se sentir incomodada no clã britânico. "Eu simplesmente não queria mais estar viva. E esse era um pensamento constante, muito claro, real e assustador", afirmou.
"Sim. Isso foi muito, muito claro... e muito assustador", reforçou ao ser questionada se pensou em tirar a própria vida ou se automachucar. Em outro momento, a mãe de Archie, de quase 2 anos, contou que sua cunhada, Kate, a fez chorar. "Kate estava chateada com alguma coisa, mas me mandou flores e nos resolvemos. Foi um problema com as 'flower girls' (daminhas) no casamento. Ela me fez chorar, me magoou", cravou.
"Não acho justo entrar nos detalhes porque ela me pediu desculpas e eu aceitei. Mas foi difícil ser culpada por algo que não fiz, as pessoas do castelo sabiam a verdade. Acho importante as pessoas saberem a verdade. Ela é uma pessoa boa. Existe essa ideia de que se você gosta de mim, tem de odiá-la. E se você gosta dela, tem de me odiar. Como se fosse uma narrativa de vilão e mocinha", comparou.
Harry, que ao lado da mulher, rompeu os laços com a coroa britânica saiu em defesa da mãe de seu filho e se disse decepcionado com o pai, o príncipe Charles. "Eu me sinto muito desapontado porque ele passou por algo semelhante. Ele sabe como é a dor", afirmou, dizendo ainda que sua mãe, Lady Di, morta em 1997 após acidente de carro na França e homenageada no anúncio da segunda gravidez de Meghan, teria reprovado o comportamento da família junto a Meghan. "Eu sempre vou amá-lo, mas muitas mágoas aconteceram", apontou.
Harry contou ainda que a sua mulher foi fundamental para ele romper os laços com a família real. "Estava preso, mas não sabia que estava preso", relatou o tio de George, Charlotte e Louis. Segundo o caçula de Diana e Charles, o pai passou a não lhe atender depois que ele acenou a saída da realeza e que a rainha Elizabeth II tomou ciência do seu desejo desde o começo.
"Eu tive três conversas com a minha avó, e duas conversas com meu pai antes de ele parar de me atender. Então ele disse: 'Você pode colocar isso tudo no papel?'. Eu precisava fazer isso pela minha família. Não é uma surpresa para ninguém. É muito triste que tenhamos chegado a esse ponto, mas eu preciso fazer algo pela minha saúde mental, a da minha mulher e de Archie também", justificou, acrescentando ter retomado o contato com o pai.
Harry recordou ainda o sentimento de exclusão de Meghan junto à coroa em relação a uma verba que todos os membros ganham por participarem de eventos oficiais. "(Ela deveria continuar trabalhando como atriz) porque não haveria dinheiro para pagar por ela", disse.
"Havia alguns sinais óbvios antes mesmo de nos casarmos que isso seria muito difícil", completou. "Minha família me cortou financeiramente", prosseguiu o irmão de William ao falar de sua mudança com a mulher e filho para os EUA. "Tenho o que minha mãe me deixou, e sem aquilo (a herança), não poderíamos fazer isso (ir para os EUA)", finalizou.
(por Guilherme Guidorizzi)