Maria Júlia Coutinho, de 36 anos, caiu nas graças do público. A moça do tempo do "Jornal Nacional" chamada carinhosamente de "Maju" por William Bonner já foi repreendida pelo marido de Fátima Bernardes, mas contou que não há problema algum entre eles. Na ocasião, o jornalista pediu calma à colega, que queria dar logo a previsão metereológica.
"Até agora, me senti à vontade com as brincadeiras. Em nenhum momento fiquei constrangida ou sem graça. Acho que os apresentadores estão lá para somar forças", assegurou em entrevista ao jornal "O Dia". "Majú", que foi incentivada por Fátima a chamar William de "tio", recordou quando Bonner a questionou em relação ao apelido. "Sabia que um dia ele ia me perguntar. Mas, quando ele tomou a iniciativa, me pegou de surpresa. Foi a única vez que eu fiquei sem jeito", admitiu.
E ela contou que a parceria é fruto de algo espontâneo entre os dois. "Acho que passa uma coisa de almas que se encontram. Eu adianto os temas que vou falar, dou algumas informações e deixo para ele fazer as perguntas. Isso está dando jogo. A gente combina pouca coisa", explicou, acrescentando que só viu pessoalmente Bonner em uma ocasião. "Nos encontramos uma vez e falei um 'oi'", lembrou.
'Sou espontânea', diz a jornalista
Maria Júlia estreou no "JN" no final de abril, quando o telejornal inaugurou uma nova fase, bem mais informal. Agora, os apresentadores ficam de pé e conversam com correspondentes através de um telão. Sobre essa mudança, ela ficou receosa. "Não tinha ideia de como seria. Pensava em como seria ver o Bonner e a Renata (Vasconcellos) em pé", disse se referindo à jornalista que comanda o telejornal desde novembro.
Questionada em relação ao seu sucesso, "Majú" afirmou ter uma explicação: "O que cola é que sou espontânea. Sou uma pessoa fácil de se levar, meu astral é legal. Gosto disso. Sou daquele jeito que apareço no vídeo". E a atual moça do tempo do "JN" garante que a fama não lhe subiu à cabeça. " (A brincadeira) ganhou uma dimensão que eu não esperava. Mas faço terapia há muito tempo, o que ajuda a dar uma baixada de bola. Tento levar isso com serenidade. É uma energia positiva que me alimenta e me impulsiona a fazer o melhor", contou.
"Estou vivendo uma lua de mel com o público", acrescentou. Prova disso, é que ela vem sendo abordada nas ruas cada vez mais. "Me perguntam se vai chover ou fazer sol. Mas costumo dizer que previsão não é precisão. Já aconteceu de eu prever uma coisa e, momentos depois, mudar tudo", disse ela, que nunca é pega desprevenida. "Carrego sempre um guarda-chuva na bolsa", completou.
'Majú' relembra que foi alvo de preconceito racial
A jornalista estreou na TV Cultura e, há dois anos está na Globo, onde já passou por telejornais como "Hora Um da Notícia", sempre responsável pela previsão do tempo. "Fiz teste e fui aprovada. Mas nunca foi o que pensei ou pedi para fazer", disse.
Apesar da lua de mel do público, Maria Júlia afirmou que já sofreu preconceito racial. "Quando é uma crítica ao meu trabalho, a uma expressão errada, eu procuro responder. Se é uma bobagem, eu não ligo. Mas se a crítica é racista e cerceia meu direito de liberdade, não deixo passar. Mas não me abalo. Gosto do meu cabelo crespo", finalizou.