Tristeza. Esse é o sentimento natural que Manoel Carlos está sentindo com a morte de Pedro Almeida, seu filho caçula. O ator morreu no último dia 4, com 22 anos, em Nova York, nos EUA, após sofrer um mal súbito. "Quanta coisa se perde para sempre no último instante de uma vida! Palavras que não foram ditas, gestos que não foram feitos, olhares, sorrisos, lágrimas - derramadas ou represadas. Soluços", escreveu o autor em sua coluna da revista "Veja Rio" deste domingo (12).
Manoel Carlos afirmou ainda que "é preciso amar com devoção" e é preciso "não entender a vida, nem procurar entendê-la". Maneco reproduziu também versos lidos por Sophie Overwater, namorada de Pedro:
"Se lágrimas construíssem uma escadaria/e minhas memórias uma estrada,/eu caminharia direto ao Paraíso/e o traria de volta./Nenhuma palavra de despedida foi dita,/não houve tempo de dizer adeus./Você se foi antes que eu percebesse,/e só Deus sabe o porquê./Meu coração ainda dói de tristeza/e lágrimas secretas ainda correm./O que significava te amar/ninguém nunca saberá./Mas agora sei que você quer/que eu pare de sofrer./Só lembrar os momentos felizes/e tudo o que a vida ainda guarda./Já que você nunca será esquecido,/eu lhe prometo hoje/um buraco vazio em meu coração./É onde você sempre estará".
Após a cremação de Pedro, na última sexta-feira (10), Maneco disse que as cinzas do filho serão espalhadas pelo Central Park, em Nova York, nos EUA. Uma outra parte dos restos mortais de Pedro serão deixadas no cemitério São João Batista, na Zona Sul do Rio, onde estão enterrados os outros dois filhos do autor. Em 1988, Ricardo faleceu por causa de complicações do HIV. Há dois anos, Manoel Carlos Jr. morreu após sofrer um ataque cardíaco.