Estreando na televisão na macrossérie bíblica "Jezabel", Leo Cidade admite que a linguagem da história chegou a ser uma dificuldade para ele. Na história assinada por Cristiane Fridmann e exibida pela Record TV, o ator interpreta o atrapalhado comerciante Levi, explorado pelo patrão, Phineas (Eduardo Lago), um vendedor de estatuetas de deuses. "Com certeza a linguagem foi algo para mim difícil. Eu me corrigia toda hora quando decorava o texto. Tinha vezes que quando eu ia decorar uma certa fala, tinha palavras que não sabia o significado. Ia pesquisar ou, então, recorria à preparadora de elenco. Em ocasiões, uma cena pequena precisava de muito estudo. Pelo menos para mim tinham palavras que não eram muito do meu vocabulário", explica ao Purepeople.
Namorado de Larissa Manoela há mais de um ano, Leo diz também que precisou adequar seu sotaque à trama baseada nos livros dos Reis. "Fora que como sou carioca tinha que maneirar nesse chiado que a gente tem. Falamos meio cantado, mais devagar... E como é uma história de época, eles (a produção) querem algo mais certinho, sem muita gíria e não podemos colocar 'caco' (improviso) nem nada. Foi difícil", frisa o jovem, com passagens pelo teatro e cinema. A rotina intensa das gravações, divididas em Paulínia (interior de São Paulo) e Marrocos, também é vista como um desafio pelo estreante na TV. "A correria e a demanda que a gente tem de em alguns casos gravar dez a vinte cenas ou mais em um só dia exige muito da gente", afirma. Mesmo encarando horas de estúdio, o ator garante ter pego em pouco tempo a exigência. "Decoramos muitas cenas e no outro dia, já temos que decorar mais cenas. Essa rotina foi o mais difícil pra mim, mas me acostumei logo na primeira semana", acrescenta ele, que colocou ponto final nas férias do começo do ano antes da hora por conta de "Jezabel".
Com mais de 2,3 milhões de seguidores só no Instagram, o ator vive na telinha um amor impossível. Por vender deuses de barro, Levi provoca a revolta da família de Leah (Bárbara Maia), por quem é apaixonado. Uma situação bem diferente da que vive na vida real com Larissa. O casal costuma viajar junto para destinos como a Disney, por exemplo, local preferido da atriz e cantora, que não conteve a empolgação ao rever o namorado após três semanas. De acordo com o ator, uma parte do público vai se identificar com esse estilo Romeu e Julieta ambientado em Samaria por volta dos século XVIII e XIX a.C. "Tanto os garotos como as meninas vão se identificar. "Tem muita gente que quer namorar uma pessoa, mas às vezes a família não deixa, fala que não é a hora ainda... Ou acham que a pessoa não tem uma boa índole", exemplifica. "É o caso do Emanuel (Henri Pagnoncelli) e da Yarin (Andrea Avancini) - tios de Leah, órfã de pai e mãe. Eles dizem para a Leah que o Levi não é uma pessoa de boa índole, porque vende ídolos. Só que ela tenta, tenta... E pode ser que uma hora eles consigam. Estou torcendo por isso", completa.
Se o amor impossível afasta Leo de Levi, alguns traços da personalidade do israelita o aproximam de seu intérprete. "Ele é atrapalhado e eu sou muito. O Levi sempre vê o lado bom das coisas. Isso aprendi muito com ele", afirma. E o aprendizado vai além disso. "Inclusive tem vezes que a gente fica reclamando das coisas, mas sempre tem que ver o lado bom das coisas. É só esperar que acontece. O Levi é sempre altoastral, mesmo passando por um perrengue, é sempre brincalhão, com bom humor, com sorriso no rosto e querendo ajudar as pessoas", finaliza.
(Por Guilherme Guidorizzi)