Lázaro Ramos foi às compras neste sábado (12), véspera de dia das mães. O ator circulou pelo shopping da Gávea, na zona sul do Rio de Janeiro, de onde saiu com várias sacolas. Lázaro, que apoia a mulher em suas decisões profissionais, estava acompanhado pela filha caçula, Maria Antônia, com quem passou todo o tempo de mãos dadas ou segurando no colo. Mas o que chamou a atenção nas fotos clicadas por um paparazzo foi a semelhança da menina, de 3 anos, com Tais Araújo, que no final do ano passado comemorou seus 39 anos de idade com uma festa em sua casa.
Meses atrás Tais Araújo usou seu perfil em uma rede social para fazer um desabafo relacionado à filha, Maria Antonia. "Tenho uma filha de 2 anos e oito meses que ama rosa, enlouquece com princesas, brinca de mãe e filho o dia todo e chora quando entra numa loja de brinquedos querendo ferro e tábua de passar! Socorro! Confesso que, cada vez que vejo esse movimento todo dela, me arrepio da cabeça aos pés", assumiu a atriz, que acha uma grosseria as cantadas na rua. E completou: "Parece piada que minha filha aja de maneira tão contrária a tudo que eu acredito; mais ainda, de maneira contrária a tudo que prego no meu dia a dia, a tudo que acredito que seja uma construção social das mais cruéis que segregam meninas e traçam pra elas um único e fatídico destino, a tudo que fuja do roteiro traçado por essa construção que seja carregado de culpa e julgamentos!".
Mãe de um casal, Tais Araújo nem pensa em engravidar novamente, mas os planos de aumentar a família com Lázaro Ramos continuam. "Eu amo crianças. Mas não me imagino aumentando a família por vias naturais. Eu e a Taís queremos adotar uma criança. Mais uma criança em casa é bem-vinda, mas uma nova gravidez acho que não. Já tem muita gente no mundo, já fiz minha parte", explicou o ator, que apontou aquele que acha ser o maior desafio da paternidade. "Acredito que o mais difícil é ter paciência e sabedoria suficiente para poder escutar o seu filho e conseguir entender o que ele está sentindo para ajudá-lo a crescer pleno e feliz. Mas é uma aventura maravilhosa, mesmo com os desafios".
Ao falar sobre os desafios que certamente seus filhos vão enfrentar, Tais Araújo citou um dos maiores: o preconceito. "Meu filho é um menino negro. E liberdade não é um direito que ele vai poder usufruir se ele andar pelas ruas descalço, sem camisa, sujo, saindo da aula de futebol. Ele corre o risco de ser apontado como um infrator. Mesmo com 6 anos de idade. Quando ele se tornar adolescente, ele não vai ter a liberdade de ir para sua escola, pegar uma condução, um ônibus, com sua mochila, com seu boné, seu capuz, com seu andar adolescente, sem correr o risco de levar uma investida violenta da polícia. Ao ser confundido com um bandido. No Brasil, a cor do meu filho é a cor que faz com que as pessoas mudem de calçada, escondam suas bolsas e blindem seus carros", pontuou.