Ivete Sangalo falou sobre os primeiros dias após o nascimento das filhas, Marina e Helena, batizadas em uma cerimônia discreta em Salvador. Segundo a cantora, ela teve baby blues, uma espécie de melancolia causada pelas alterações hormonais bruscas que a mulher sofre no pós-parto. "O choro com as meninas foi do inacreditável esporte clube. Eu olhava para elas, sentia falta de ar e dizia: 'Meu Deus, como será que vou administrar tudo isso. Como vou cuidar deste amor porque eu vou querer cuidar. Mas, como vou fazer isso'. Eu via todas aquelas pessoas em casa, família, enfermeira, e dizia: 'Meu Deus eu quero tirar todo mundo daqui. Mas, eu não posso e não podia fazer isso'", relatou à revista "Crescer".
Ivete também relatou as reações no puerpério. "Eu amamentava e chorava de emoção porque estava amamentando as minhas filhas. Só que daí passava o meu filho e dizia: Meu Deus, eu ainda não brinquei com ele hoje e vinha a culpa. Eu chorava muito tempo. E, para fechar com chave de ouro, na hora delas dormirem e eu dar de mamá, colocava sempre uma musiquinha instrumental, as vezes tinha só guitarra e contrabaixo, de alguns músicos que eu ouço e gosto. Eu ouvia aquela música e falava: Meu Deus, que música linda e chorava, chorava, chorava... Era só isso. Choro de culpa, mas de uma alegria muito forte. Sem contar com os hormônios batendo blá, blá, blá", comentou a artista, que também é mãe de Marcelo, com quem estabelece uma relação na base da conversa.
Com uma rotina agitada com Marina e Helena, Ivete se divide entre trabalho, o relacionamento de 10 anos com Daniel Cady, e os três herdeiros. Sangalo, no entanto, já revelou como acalma as meninas: "Eu sempre faço com as minhas filhas um 'dengo Bahia' mesmo, que é uma shantala que faço com elas. Eu faço todos dias. Converso, falo do meu trabalho, conto a elas. E elas têm aquele negócio. As pessoas acreditam que não. Às vezes, elas estão agitadinhas e eu faço essa massagem. Eu seguro, eu faço dengo, eu converso. Falo de mim, falo do que o pai faz, o que o irmão está fazendo".
(Por Patrícia Dias)