A Globo está editando a reta final da novela "Velho Chico", cujo último capítulo será exibido no próximo dia 30. Com isso, cenas vêm sendo cortadas ou reduzidas desde esta segunda-feira (12), quando foram ao ar sequências previstas para esta noite. A informação é do colunista Daniel Castro, nesta terça-feira. Na semana passada, a emissora negou estar havendo atrasos de até 8 horas para o início das gravações.
Segundo a publicação, os produtores terão que espremer em 16 capítulos o conteúdo de 20, quando, justamente, o número de acontecimentos em uma trama é maior. O primeiro corte aconteceu no enfrentamento entre Tereza (Camila Pitanga) e Santo (Domingos Montagner). Nesse momento, a filha de Afrânio (Antonio Fagundes) evita a prisão do pai ao ceder à chantagem do marido, Carlos Eduardo (Marcelo Serrado), que pode se tornar assassino do sogro.
Procurada pelo Purepeople, a emissora negou a informação, afirmando que a trama mantém o calendário previsto anteriormente. "Tudo segue como programado. Na edição, busca-se sempre os melhores ganchos e a melhor dinâmica narrativa em relação às variações da minutagem que são apresentadas, dia a dia", explicou por meio da assessoria de imprensa em comunicado.
Trama teve histórico de problemas
Esse não é o primeiro problema enfrentado pelo folhetim nos bastidores desde sua estreia. Luiz Fernando Carvalho, diretor artístico do folhetim, "passa a faca" no conteúdo classificado por ele como desnecessário, alterando os roteiros originais. Luiz Fernando teria sido o pivô da briga de Edmara Barbosa com o pai, Benedito Ruy Barbosa, apesar da autora ter negado qualquer mal-estar com o novelista. Já na primeira fase, o romance de Tereza (Julia Dalavia) e Santo (Renato Góes) foi cortado, bem como o engajamento social dos personagens.
Ao mesmo tempo, Carlos se tornou um deputado vilão por exigência da cúpula da Globo. Produção e elenco já receberam até o penúltimo capítulo - o de 171. Durante a Olimpíada, por outro lado, "Velho Chico" foi esticada e ganhou mais cinco dias no ar, após ter investido em flashback. Nessa reta de chegada, a história de Bruno Luperi terá menos romance e o teor político/ecológico será visto de maneira mais intensa.
(Por Guilherme Guidorizzi)