Pouco depois de a saída da Globo de Monalisa Perrone ser informada pela jornalista, Glenda Kozlowski anunciou que também não faz mais parte do jornalismo da emissora: ela estava na emissora desde 1996 e decidiu finalizar seu contrato para tocar projetos pessoais. "Eu ainda tinha contrato vigente e decidimos encerrá-lo de uma forma totalmente amigável. Essa era uma vontade minha já há algum tempo", disse a carioca, que se emocionou ao vivo durante a cobertura da última Copa do Mundo, à colunista de TV Patrícia Kogut, do jornal "O Globo".
Ao contrário das colegas de profissão Cris Dias e de Monalisa, que deixaram a Globo para integrar o elenco da CNN, Glenda negou ter recebido propostas de emissoras concorrentes. "Quero me dedicar a alguns projetos pessoais e eles exigem muito tempo. Um tempo que eu não teria se continuasse na emissora. Sempre quis produzir algo no mundo esportivo voltado para o público infantil. Chegou a hora de colocar em prática. Além disso, pretendo fazer uma série de entrevistas com jogadores de futebol, mas não sei em que plataforma ela será exibida. Também tenho certeza de que estarei na Olimpíada do ano que vem, só não sei fazendo o quê", disse a jornalista, que se aproximou da mãe de Neymar, Nadine Santos, por conta de um programa especial para o mundial esportivo.
Em entrevista anterior, Glenda afirmou que questionou sua carreira após sofrer críticas como narradora nas Olimpíadas de 2016. Por conta das críticas nas redes sociais, ela estava determinada a não concluir o trabalho. "Se não fosse por causa da Rosane Araújo (diretora do "Esporte Espetacular") e do Renato Ribeiro (diretor da Central Globo de Esportes na época), eu teria saído da cobertura olímpica. Eu cheguei na Redação e falei: 'Olha, estou indo embora agora, não vou passar por isso nunca mais na minha vida. Eu não quero mais, vou pra casa, chega'", recordou. No dia seguinte, Glenda recebeu uma missão de sua diretora e decidiu dar uma nova chance. "Ela disse: Glenda, amanhã é o dia da medalha do Diego [Hypólito], você vai narrar sozinha'. E eu narrei, foi um sucesso. O Diego foi medalhista, o Arthur [Nory] também. E aí eu percebi que o hábito das pessoas é escutar uma voz masculina na narração. Ali eu senti o machismo e o preconceito pela primeira vez na minha vida", disse a mulher do dentista Luis Tepentino, com que casou em 2017 após 8 anos juntos.