Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso fizeram um ensaio intimista e para lá de glamouroso para estamparem a capa da edição de fevereiro da revista "GQ". À espera de um filho, os dois comentaram sobre a gravidez de quatro meses da youtuber e ainda refletiram sobre o privilégio racial do menino que em alguns meses chega ao mundo. "Esse filho já nasce privilegiado. As conversas que a gente vai ter com ele não vão ser as mesmas que vamos ter com nossos filhos negros. Isso é uma coisa que me deixa muito mal. Fico preocupada com eles. Por que com um filho que é branco a gente não vai precisar ter conversas tão duras como as que a gente vai ter com nossos filhos negros? Por quê?", se emociona a loira.
Desde que revelou a gravidez, Giovanna Ewbank passou a ouvir comentários de que o filho biológico seria uma recompensa. "Que recompensa? Adotar não é uma caridade e as pessoas confundem muito. E isso fere, machuca", lamentou ela, que tem se sentindo mais emotiva durante a gestação. Sobre os planos profissionais, a mãe do pequeno estiloso Bless vai estrear em março como apresentadora do reality show "The Circle", na Netflix, plataforma digital na qual Bruno Gagliasso foi contratado como ator e produtor executivo. Além disso, ela vai interpretar Elke Maravilha em série da Fox sobre Silvio Santos e o marido lança em maio "Marighella", primeiro filme de Wagner Moura como diretor.
Além de atriz, empresária e youtuber, Giovanna Ewbank também é palestrante. Em um bate-papo com os alunos do no Centro Universitário FAG, em Cascavel, no Paraná, a artista entregou as frases constrangedoras que mais costuma a ouvir das pessoas desde que tomou a decisão de adotar Títi e Bless. "'Por que adoção?', 'Como uma mulher vem ao mundo e não quer gerar um ser em seu ventre?', 'E os filhos de vocês, vem quando?', 'Nossa, ela é tão linda. Ela tem mãe?', 'Como seus filhos são fofos, Gio. Eles têm família?'. Essas são algumas das perguntas que uma mãe que tem um filho não biológico escuta todos os dias", disse.
Antes de engravidar de Bruno Gagliasso, Giovanna Ewbank ainda se deparava com comentários machistas e indiretas supondo que ela fosse estéril: "Eu comecei a ser questionada do por quê eu optei pela adoção – sim, porque foi uma opção, da qual eu me orgulho muito. Mas como toda escolha feminina, ela veio cheia de questões do tipo: 'Tadinha! Mas ela já é casada há tanto tempo e não tem filho?'. E junto com isso eu li e ouvi que era estéril. Não, gente. Eu não sou estéril e nem o meu marido. Mas obviamente a dúvida sobre esterilidade veio sobre mim, que sou mulher".
(Por Rahabe Barros)