Sasha Meneghel falou sobre a exposição a qual foi submetida desde cedo. O nascimento da filha da apresentadora Xuxa com o ator Luciano Szafir foi anunciado no horário nobre na rede nacional. "As pessoas não me conhecem, o que elas têm é um pré-conceito do que eu deveria ser", disse à revista "Vogue". Prestigiada pelos pais durante o desfile de uma marca de beachwear, a estudante de Moda abriu o jogo também sobre fake news: "Convivo com isso desde que nasci. Por muitos anos da minha vida, em especial, quando eu era mais nova, mexia muito comigo. Afetou não só o que eu deveria ser fisicamente, mas também emocionalmente e profissionalmente. Sempre me importei bastante com o que os outros falavam, até que fui aprendendo a não ligar. É um ponto que ainda estou tratando dentro de mim".
Em meados de agosto, Sasha fez uma viagem missionária com amigos. A jovem de 21 anos desembarcou na Angola, na África, onde visitou comunidades carentes e protagonizou momentos fofos com crianças. "Fomos lá para dar amor e acabamos recebendo muito mais. Ver a fé dessas crianças foi o que mais me tocou, me ensinou muito sobre a minha própria fé. Foi inspirador ver como elas são felizes com pouco e a troco de nada. Naquele momento não quis ter que ficar me justificando e fiquei quieta, porque sei qual é a minha verdade, mas acho que esse assunto é muito sensível e é muito feio deixar passar em branco", comentou.
Por lá, Sasha compartilhou os conhecimentos do seu ofício. A notícia, porém, não foi bem recebida por parte do público brasileiro. Chamadas como "Sasha ensina moda africana para jovens angolanas" foram publicadas e replicadas por vários veículos de comunicação e entretenimento. A estudante garantiu que nada semelhante a isso aconteceu. "Nunca faria algo assim na minha vida. Conversamos sobre moda, mas não a moda da cultura deles. Tenho plena noção que não tenho nem autoridade e nem autonomia para isso", defendeu.
Para Sasha, a verdade é livre de polêmicas: "Diariamente, nos dividíamos em grupos para criar atividades divertidas e compartilhar experiências com as pessoas de lá. Em determinado momento, falamos de moda e ensinamos o básico do básico da costura para eles. A intenção foi mostrar que existem diferentes oportunidades e que é possível seguir outros caminhos na vida, além de apenas casar e ter filhos cedo, como muitas mulheres de lá ainda acham. Hoje estou entendendo que não é assim, que não tenho que ser o que os outros querem que eu seja, que tenho que ser eu mesma, não uma pessoa pública e, sim, um ser humano".
(Por Patrícia Dias)