Renato Aragão completou 86 anos com direito a festa intimista e homenagem da filha caçula, Livian. Dispensado da Globo em 2020 após mais de quatro décadas, o criador do Didi agradeceu as mensagens recebidas e negou sentir o peso da idade. "Hoje (quarta-feira, 13) completo 86, ops 68 anos e só tenho a agradecer por tudo de bom que já vivi e tudo o que irei viver! Obrigado por todas as mensagens de carinho", afirmou o humorista, que esbanja vitalidade nas redes sociais.
"É muita ginástica, exercício, leitura para cabeça. Corro na frente para a idade não me alcançar", explicou bem-humorado o comediante cearense. Também no Instagram, rede na qual o pai coleciona seguidores, Livian se declarou ao pai, que receberá homenagem na próxima quarta-feira na estreia do programa "A Noite é Nossa" (Record TV). "Dia de comemorar mais um ano de vida da pessoa que mais me inspira: meu professor, meu melhor amigo e meu maior exemplo de ser humano", iniciou a atriz, vista na reprise da novela "Flor do Caribe" (2013).
"Você merece tudo de mais maravilhoso que existe nesse mundo. Obrigada por sempre acreditar em mim e me apoiar em tudo que faço. Obrigada por me ouvir, me aconselhar e estar sempre presente. Que Deus continue te iluminando pra que você possa continuar levando alegria para todo o Brasil. Você é luz, alegria e amor. Te amo, pai! Feliz aniversário!", completou a caçula do humorista, pai de cinco (Paulo, Ricardo, Renato, Juliana e Livian).
Formado em Direito, Renato Aragão começou a mostrar seu lado para a comédia aos 24 anos ao vencer concurso para a TV Ceará. Em 1964, se mudou para o Rio de Janeiro e, em seguida, para São Paulo, onde estreou na TV Tupi. Dois anos mais tarde se transferiu para a Excelsior, que criou o programa "Os Adoráveis Trapalhões", embrião de "Os Trapalhões", lançado na Tupi em 1975.
Foram dois anos até que Renato e sua trupe assinam com a Globo, estreando em 1977. Na emissora carioca, "Os Trapalhões" ficou no ar por quase 20 anos. Com o fim da atração, o humorista passou a estrelar especiais e programas como "A Turma do Didi" (1998) e "Uma Noite no Castelo" (2009), fora participações. Além de Didi, criou tipos como Aparício e Ananias.
No cinema, a estreia foi em 1965 com "A Pedra do Tesouro". Nos anos 1970 e 1980, estrelou uma série de filmes com Dedé, Mussum e Zacarias. Nos anos 2000, retornou às telonas com cerca de 10 longas ao lado da filha. Em 1986 passou a estrelar a campanha "Criança Esperança", protagonizando um icônico momento em 1991 quando beijou a mão da estátua do Cristo Redentor. Vinte anos mais tarde foi homenageado no carnaval de São Paulo pela X-9. Um pouco depois lançou biografia, na qual contou curiosidades como um TOC em relação às cores das camisas que usa a cada dia da semana.
(por Guilherme Guidorizzi)