O corpo de Elke Maravilha está sendo velado no Teatro Carlos Gomes no centro do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (17). A atriz e jurada morreu aos 71 anos de falência múltipla dos órgãos após ficar mais de um mês em coma induzido. A artista estava internada desde meados de julho, quando foi submetida a uma cirurgia na úlcera.
Seguindo um desejo seu, Elke foi colocada no caixão da maneira como costumava aparecer em cena: maquiada e com o figurino do musical "Elke Canta e Conta". Irmão da atriz, Frederico Grunnupp chegou acompanhado da sobrinha dela, Natasha Grunnupp. No palco de teatro estavam reunidas aproximadamente uma dezena de coroas de flores. Entre elas, da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro. Um dos presentes na cerimônia foi Leleco Barbosa, filho de Chacrinha, de quem a artista foi jurada.
Durante o período de internação, Elke chegou a ter os tubos retirados e manifestou desejo de ir logo para casa. A sua morte foi lamentada por várias personalidades como Rita Cadillac, Sabrina Sato e Paolla Oliveira, que vai interpretar a jurada no cinema.
Relembre a carreira da artista
Elke Georgievna Grunnupp, seu nome de batismo, nasceu na Rússia em 1945. Com a família se mudou para o Brasil ainda criança. Em entrevistas, a ex-professora e bibliotecária contava que falava sete idiomas. Durante a Ditadura Militar, a modelo foi presa por rasgar um cartaz de procura-se de Stuart Angel, filho da estilista Zuzu Angel, para quem desfilava.
Na TV, Elke foi atriz de novelas (como o remake de "Pecado Capital", de 1998, e "Luz do Sol", de 2007), apresentadora e jurada dos programas de calouros de Chacrinha (1917 - 1988) e Silvio Santos. Também passou pelo cinema, atuando em filmes como "Xica da Silva" (1976) e "Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina" (2016).
(Por Guilherme Guidorizzi)