Elke Maravilha morreu na madrugada desta terça-feira (16), aos 71 anos. A atriz, que chegou a apresentar um quadro de melhora em sua internação, após ficar em coma induzido na Casa de Saúde Pinheiro Machado, no bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro, não resistiu a uma cirurgia para tratar uma úlcera. Apesar do laudo médico ainda não ter sido liberado, Frederico Grunnupp, o irmão da artista, informou que Elke faleceu devido a uma falência múltipla dos órgãos por volta da 1h.
"Ela teve complicações após a operação e também tinha diabetes. Ela não estava mais respondendo aos remédios", explicou ele ao "UOL". Em seu perfil do Facebook foi deixado uma mensagem avisando a triste notícia aos fãs: "Avisamos que nossa Elke já não esta por aqui conosco. Como ela mesma dizia, foi brincar de outra coisa. Que todos os Deuses, que ela tanto amava, estejam com ela nessa viagem".
Natasha Grunnupp, sobrinha da atriz, comentou sobre os últimos dias dela na Casa de Saúde: "Mesmo no hospital ela estava sempre muito feliz, sempre aquele ar de felicidade, a gente estava preocupado com as partes técnicas, vendo a situação, mas ela não. Ela passou por uma cirurgia no sábado porque um dos pontos da primeira cirurgia tinha estourado e depois disso piorou". A família ainda não divulgou informações sobre o velório e funeral da atriz.
Recorde a história da artista
Mais conhecida como Elke Maravilha, Elke Georgievna Grunnupp nasceu na Rússia, em 1945, e ficou famosa em 1972 ao se tornar jurada do "Cassino do Chacrinha" e também do "Show de Calouros", comandado por Sílvio Santos. Na mesma época, aconteceu a Ditadura Militar e a artista chegou a ser presa por seis dias por desacato, após rasgar no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, um cartaz com a foto de Stuart Angel, filho da estilista Zuzu Angel, para quem desfilava como modelo.
Com a fama, Elke, que será vivida por Paolla Oliveira nos cinemas, deslanchou na carreira artística e fez diversas novelas, peças, comandou seu próprio programa, o talk show "Elke", no SBT, e também atuou em filmes como "Pixote", de Hector Babenco, que faleceu em julho deste ano.
Professora, tradutora e intérprete de línguas estrangeiras, incluindo Latim, a atriz também foi madrinha da Associação das Prostitutas do Rio de Janeiro. Polêmica não só por sua maneira de se vestir, ela também já revelou ter usado drogas na juventude, ter feito aborto e causou-se oito vezes.
Antes de ser internada, Elke estava apresentando o espetáculo "Elke canta e conta", no qual contava sobre sua vida desde a infância fora do país e a carreira profissional.
(Por Rahabe Barros)