Empoderamento e aceitação: entenda a importância de mulheres gordas na mídia
Publicado em 8 de março de 2018 às 07:58
Por Purepeople
Fluvia Lacerda, Preta Gil e Mariana Xavier são alguns exemplos. Psicóloga explica!
Fluvia Lacerda, Preta Gil e Mariana Xavier são exemplos de mulheres que inspiram na mídia
Sucesso no exterior, a modelo plus size Fluvia Lacerda é autora da biografia-manifesto 'Gorda Não é Palavrão'
A atriz Mariana Xavier foi estrela da campanha de lingeries da rede de lojas de departamentos Marisa
Preta Gil incentiva mulheres a se libertarem e serem empoderadas
'Essas pessoas estão muito mais na mídia, falando sobre o quanto não existe esse corpo perfeito, que todos os corpos têm a sua beleza', afirma a psicóloga clínica Vanessa Tomasini
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Preta Gil encoraja suas seguidoras a se libertarem ao postar fotos de biquíni no Instagram. Fluvia Lacerda é modelo plus size de sucesso, apaixonada por carboidratos e lançou a biografia-manifesto "Gorda Não é Palavrão". A atriz Mariana Xavier não tem neuroses para exibir sua real beleza, sem retoques. A presença de mulheres gordas e empoderadas na mídia tem papel fundamental para a representatividade e melhor aceitação do corpo pelas mulheres. "Sem sombra de dúvidas, hoje a gente tem muitos perfis de Instagram, muita gente trabalhando com relação a essa questão da forma, do tamanho e do peso, mesmo as modelos plus size", diz a psicóloga clínica Vanessa Tomasini. "Essas pessoas estão muito mais na mídia, falando sobre o quanto não existe esse corpo perfeito, que todos os corpos têm a sua beleza, de que o corpo não é só um resultado da sua alimentação e sua atividade física", continua ela, que é idealizadora do projeto #VcTemFomedeQue?.

'É importante para entender que os corpos são diferentes', diz psicóloga

Em seu projeto, Vanessa busca reavaliar a relação das pessoas com a comida e com o corpo. "A gente não come só de forma mecânica e automatizada. O fato da gente ter esse discurso começando a ser mais trazido para a mídia é muito importante para que as mulheres, de forma geral, possam entender que os corpos são diferentes, e que essa magreza extrema, esses corpos perfeito, atléticos e tudo mais, se fizerem parte de 5% da população mundial é muito", destaca.

'A gente cria desde cedo uma cultura de ódio ao corpo', afirma

Segundo a profissional, a comparação a esses corpos atléticos gera um sentimento de rejeição: "Se só pertence a esse número tão pequeno, quer dizer que a gente fica o tempo inteiro rejeitando os outros 95%, então a gente já cria uma cultura desde muito cedo desse ódio ao corpo, esse corpo que não é adequado, que não é perfeito, não tem o tamanho e a forma correta. É importante entender isso porque muitas vezes fica uma vida inteira calcada nesse ideal que não existe."

(Por Vanessa Nogueira)

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