Em meio a rumores de reconciliação com José Loreto, Débora Nascimento contou como lida com os julgamentos nas redes sociais. "Nossa sociedade está viciada em odiar. As pessoas esqueceram o elogio, a empatia. Não pensei em sair do Instagram. Não me importa muito o que quem não me conhece está dizendo. Elas não sabem. Quando você aponta o dedo e não se coloca no lugar do outro, você o desumaniza. É como se eu fosse um objeto, um celular, um robô", disse a atriz à revista "Glamour". Débora e Loreto anunciaram o término do casamento em fevereiro, quando a notícia que veio acompanhada por rumores sobre uma traição cometida pelo artista, que assumiu ter errado, sem revelar o que fez. Os dois engataram romance durante as gravações da novela "Avenida Brasil", em 2012, e oficializaram a união em 2016.
Recentemente, Débora falou pela primeira vez sobre a separação de Loreto. No texto, ela desabafou sobre a situação a partir de um olhar feminista. "Tudo o que fazemos precisa ser uma escolha própria. E não uma imposição alheia – do marido, do namorado, da sociedade ou por causa de uma situação. Sou contra a imposição de um comportamento porque é 'mais elegante ou aceitável'. O meu sempre foi pautado por escolhas minhas. Inclusive o silêncio. A partir do momento em que me sinto oprimida por essa escolha de forma covarde, preciso rompê-lo. Tenho medo de muitas coisas, mas tenho coragem suficiente de olhar para esse medo e enfrentá-lo", declarou.
Débora comentou ainda como foi o processo de se entender livre e forte. "Como a maioria de nós, fui criada numa estrutura machista. Sempre questionava as imposições que me eram feitas. Por que meu irmão podia certas coisas e eu não? Lembro da minha mãe falar: "Menina não pode sentar assim". Eu era só uma criança e já me incomodava. Saí de casa aos 15 anos para trabalhar e fui expandindo meus horizontes. Entendendo a igualdade de direitos. Que eu podia sentar como quisesse, fazer capoeira, ter o cabelo que eu escolhesse. Que podia me sentir livre porque na verdade eu era. Meu feminino começou a pulsar livre neste momento, depois de muita dor e opressão. Mas até hoje, aos 33, me sinto oprimida como mulher em vários momentos", destacou.
Para Débora – que coleciona 4 milhões de seguidores no Instagram – o número de usuários e curtidas não são um problema. "Qual o peso real das coisas? Meu número de seguidores? Saber quem me segue ou deixa de seguir? Ou o carinho da minha filha? Ou eu estar ali, com muito suor, fazendo meu trabalho, defendendo meus direitos como mulher?", questionou a mãe da pequena Bella, de 10 meses.
(Por Patrícia Dias)