Daniel Alves não quer que o torcedor do Villarreal que jogou uma banana em sua direção durante um jogo continue desempregado. David Camapayo Leo, de 31 anos, era funcionário do clube espanhol, mas foi demitido após ser reconhecido como o homem que arremessou a fruta no jogador. Ele chegou a ser preso, mas foi liberado em seguida com o pagamento de fiança.
Em entrevista à rádio Rac1, da Catalunha, na Espanha, o jogador brasileiro, que entrou em uma campanha contra o preconceito racial, contou que não queria causar danos a ninguém.
"Minha única preocupação é que o menino perdeu o emprego e isso eu não queria. Não queria causar dano a ninguém, ele fez uma brincadeira e as pessoas fizeram uma revolução por isso", disse Daniel Alves, que pediu ao clube a recontratação do torcedor: "Peço que devolvam seu trabalho", disse.
Além de ter perdido o emprego, David Camapayo foi banido pelo clube, ficando proibido de entrar no estádio. O Villarreal não se pronunciou sobre a decisão alegando que o caso estava sob responsabilidade da polícia da Espanha. Acusado de racismo, o torcedor ainda pode pegar de um a três anos de prisão, se for condenado pela Justiça.
Sobre a campanha "Todos somos macacos", Daniel Alves preferiu aderir ao movimento "Todos somos humanos". O jogador lembrou em entrevista à TV Globo que "na Espanha há racismo" e que sempre foi alvo de preconceito no país. Estou há onze anos aqui e há onze anos é a mesma coisa, as pessoas me chamam de macaco", contou o brasileiro, lateral do Barcelona.