A fortuna milionária de Cid Moreira e a partilha dos seus bens ganhou mais um capítulo após vir à tona o testamento do ex-apresentador do "Jornal Nacional", morto no último dia 3 aos 97 anos. No documento, o jornalista excluiu os filhos, Rodrigo e Roger, que haviam entrado às pressas na Justiça para abertura do inventário do pai. Estima-se que Cid deixou um patrimônio de R$ 60 milhões.
Não se sabe-se por enquanto se Fátima Sampaio, com quem Cid se relacionava desde 2000, foi a única citada no documento - o jornalista perdeu uma filha e um neto. Advogado de Roger e Rodrigo, Ângelo Carbone afirmou não acreditar que o testamento será validado, o que pode iniciar uma briga semelhante ao espólio de personalidades como Gugu Liberato (1959-2019) - um homem tenta provar ser filho mais velho do apresentador.
"Deserdar um filho ou filhos é muito sério e complicado. Esse pseudo testamento vai ter que ser registrado, e é evidente que vai ser impugnado", disparou ao "Splash". Não custa lembrar que tanto Roger como Rodrigo passaram os últimos anos fazendo uma série de pesadas acusações contra o pai e à madrasta, e que Cid refazia anualmente seu testamento.
Em 2021, Cid Moreira já havia revelado que tinha deserdado Roger, porém não conseguiu reverter o processo de adoção. Mas para Carbone, Fátima influenciou o ex-"JN" de tomar decisões quando ele, na visão do advogado dos filhos, já não tinha tal capacidade.
"Quem vai decidir tudo é o Juízo prevento, dando possibilidade de defesa dos filhos prejudicados diante do senil pai que, ouvindo a esposa muitos, mas muitos anos mais nova, entendeu que seria ela a detentora de tudo, quando isso não é real", disparou.
Cid Moreira ficou internado por cerca de 30 dias e suas últimas palavras foram emocionantes. À frente do "JN" por 26 anos, onde quebrou o protocolo em 1987, o jornalista com passagem pelo "Fantástico" tratava de problemas renais. Ele foi enterrado em Taubaté (SP), onde nasceu.