Cauã Reymond participou do programa "Encontro com Fátima Bernardes", nesta quinta-feira (16), e contou que sofreu bullying na escola, assim como Marina Ruy Barbosa e a atriz Bruna Marquezine, durante a adolescência. Segundo o ator, ele só começou a falar sobre os ataques quando começou a trabalhar. "Acho que tem muita gente que é vítima de bullying e sofre calado. Eu tive um momento em que mudei muito de escola. Eu era muito calado, então eu não falava sobre isso. Fui falar já mais velho. Inclusive, depois de já estar trabalhando", disse.
Escalado para a série "Ilha de Ferro", produção em que será casado com Sophie Charlotte, mas terá um envolvimento com Maria Casadevall, Cauã falou que a web tornou o bullying ainda mais perverso. "Com a internet, teve um lado muito bom que a gente vê as maldades, não só ouve. Não tem só uma história que vai ser contada, nós temos a possibilidade de ver. Mas também estimulou uma crueldade diferenciada, um prazer de dividir isso com as outras pessoas, estranho isso", analisou.
Ainda durante a entrevista, Cauã afirmou que os meninos sofrem mais com problemas de bullying. "Entre meninos é bem bravo, eu sofri bastante em uma escola. Eu era muito comunicativo e eu tinha acabado de chegar . E, por algum motivo, um grupo de meninos não gostou disso e eu sofri muito durante dois anos. Mas, por incrível que pareça, fui ficando mais velho e aí virei lutador de just jitsu e comecei a ser o cara que fazia o bullying. Era uma coisa do 'chá de cueca', que era puxar a cueca. Mas quando eu via que perdia a graça para a pessoa eu lembrava exatamente de como eu me sentia mal de quando faziam comigo. Então, eu era o primeiro a parar. Na época, eu tinha 14 anos. Quando eu via alguém sofrendo o que eu sofri eu era o cara que parava com a brincadeira. Por incrível que pareça eu era o que iniciava e o que parava a brincadeira", amenizou.
Realizado com a experiência de ser pai, Cauã frisou mantém atenção com as amizades da filha, Sofia. "Eu acho que elas tem alguns amiguinhos bem bacanas. Porém, me preocupo sim porque eu acho muito perigoso. Mas de vez em quando, tem uma turma de amigas que está sempre junta, eles estão sempre juntos ali em casa, e de vez em quando acontece. Tem uma mais nova que as vezes é mais brava porque se sente deslocada, e as vezes bate, e eu estimulo elas a conversarem e isso foi mudando. Isso aconteceu um pouco e agora não acontece mais", declarou.
(Por Patrícia Dias)