O Carnaval de 2022 em São Paulo já cancelou a festa de rua na cidade, assim como outros municípios ao redor do país - incluindo o Rio de Janeiro -, mas ainda não bateu o martelo em relação aos desfiles das escolas de samba. Justamente por isso, a Liga-SP, responsável pelos desfiles, decidiu se adiantar e propor mudanças na festa da avenida.
Em uma reunião com a Prefeitura de São Paulo, a Liga explicou que a obrigatoriedade do uso de máscara seria uma das medidas mais importantes a serem adotadas no desfile, além da redução do público, que seria autorizado apenas em 70% da capacidade. Além disso, haveria a exigência do passaporte vacinal e a proposta mais inovadora de todas: a de que os componentes de cada agremiações fossem reduzidos de 2 mil pessoas para 1.500.
De acordo com informações do portal "G1", a prefeitura aprovou as ideias, mas preferiu não bater o martelo sobre os desfiles por enquanto. Isso porque as autoridades ainda pretendem se reunir mais uma vez com a Liga-SP na próxima quarta (19), para então tomar a decisão final na quinta (20). Por enquanto, as escolas sequer estão ensaiando na avenida.
Outro ponto levantado durante a reunião foi o fato de que o Sambódromo do Anhembi, historicamente, só costuma receber os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial, de modo que as agremiações do grupo de acesso fazem os próprios desfiles em ruas, em via pública, sem qualquer controle de público.
Vale lembrar que os ensaios das escolas do Grupo Especial, mesmo no Anhembi, costumam ser gratuitos também, e por isso foram suspensos, porque seria impossível controlar a presença das pessoas na plateia.
Com as novas regras, a ideia é que as apresentações do Grupo Especial e de Acesso aconteçam no Anhembi. Ou, quando se fala do segundo tipo de escolas, que elas pelo menos desfilem em um local controlável, como Interlagos.
Não há pistas, porém, se as novas ideias da Liga-SP serão o suficiente para manter a festa na avenida. Anteriormente, mesmo com Ricardo Nunes (MDB), prefeito da cidade, sugerindo soluções para os blocos de rua, ainda assim a Vigilância Sanitária desaconselhou a folia gratuita no município. Até aquele momento, o município estava confiante que os quase 700 blocos seriam autorizados a desfilar na cidade.