Com 11 novelas no currículo e 25 anos de carreira, Carla Diaz estreia em "Malhação: Vidas Brasileiras" no capítulo previsto para ir ao ar no próximo dia 28 para dar vida à Clarissa, jovem que irá se envolver com Alex (Daniel Rangel). No bastidor da novela adolescente, a atriz emocionou uma das colegas de trama. "No camarim, quando cheguei, acho que era a mais velha do elenco jovem (risos) e fui tão bem recebida. Do elenco que gravou comigo eu era a mais velha e isso é muito louco de dizer porque tenho 27 anos. E entrei no camarim e a maioria das meninas começou a gritar. A Joana Borges chegou a chorar dizendo que era muito minha fã desde a época de 'Chiquititas' (na qual viveu a órfã Maria, na primeira versão exibida entre 1997 e 2001). E que eu a incentivei a ser atriz", conta ao Purepeople.
Com outros papéis marcantes como a Khadija (de "O Clone", 2001), Carla vibrou por ter influenciado a escolha profissional da intérprete da Verena. "Saber que influenciei a vida de alguém positivamente, ainda mais na escolha de uma profissão que é tão difícil, é muito gratificante e quase chorei com ela. É uma participação muito especial para mim", festeja, durante a pré-estreia para convidados da peça "Ícaro and The Black Stars". Para a atriz, vítima de tentativa de assalto em abril, atuar no folhetim exibido desde 1995 é a realização de um desejo profissional. "Ah, fiquei muito feliz com o convite da Gabi Medeiros, que é a produtora de elenco, porque era um sonho de criança fazer 'Malhação'. Foi a realização de um sonho que achei que não fosse realizar mais", recorda. "Quando eu tinha nove anos cheguei para a Ana Margarida, finada chefe dos produtores de elenco da Globo, e pedi para fazer 'Malhação.' Eu a parei no meio do Projac e pedi e ela começou a rir. Um toco de gente querendo fazer 'Malhação'. E, agora, quase 20 anos depois estou realizando esse sonho. Nunca é tarde", vibra.
Ainda no bastidor, Carla foi alvo de brincadeira do intérprete do Hugo, que mantém um relacionamento nada fácil com Verena. "O Leonardo Bittencourt, que é um dos atores que gravei, brincou comigo até que zerei a trilogia das novelas para o público teens mais importantes do país porque fiz 'Chiquititas', 'Rebelde' (na qual foi a Márcia) e agora 'Malhação' (risos). E fiquei muito feliz mesmo", diz. E a atriz antecipa o que o público vai ver na semana seguinte na novela adolescente, cuja temporada atual reúne 17 protagonistas. "A Clarissa é uma personagem que vai causar uma grande reviravolta, principalmente na vida do Alex. Agora está passando a história dele a minha personagem entra e como quem não quer nada vai dar um rebuliço. Ela entra para mexer com o coração dele. É uma participação de quatro capítulos que gravei em dois dias", explica, defendendo a personalidade do seu par romântico. "O Alex tem um que de bom moço, lá no fundo tem. E todo o bom moço, ainda mais sendo adolescente, tem seus momentos que erra. Que tem que aprender com os erros. E essa situação que a Clarissa vai provocar é muito atípica na vida dele, é uma coisa bem diferente. Vai ser muito bom", acrescenta. Carla conta também ter encaminhado outro trabalho para os meses seguintes: "Agora no segundo semestre vem mais novidade, mas as coisas estão se encaminhando".
Já na vida pessoal, a atriz afirma não estar namorando. "Estou solteira, mas é óbvio que estou feliz porque estar solteira não é sinônimo de estar sozinha. Não é sinônimo de estar triste, abandonada, jogada ao vento como diria Tio Ali", diz citando o personagem de Stenio Garcia em "O Clone". Ao ser questionada se é menos paquerada pelo fato de ser famosa, pondera. "Não sei, mas acontece de alguém chegar em mim pelo cara. Eles me reconhecem. Mas não sou de sair ficando, praticamente nunca fiquei com alguém que eu não conhecesse", diz. "Primeiro que não gosto e segundo que a pessoa deve ficar assim: ela é atriz. Ela faz novela. Ou pode rolar o pensamento de já ter me visto de diversas formas, e até de eu ser o crush desde 'Chiquititas'. Então é engraçado", finaliza ela, já clicada aos beijos com o também ator Bernardo Mesquita.
(Com apuração de Patrick Monteiro e texto de Guilherme Guidorizzi)