No Carnaval do Rio, não são só as rainhas experientes, como Viviane Araújo - que brilhou representando Medusa à frente do Salgueiro - que têm vez: Raphaela Gomes, de apenas 18 anos, veio à frente da bateria da São Clemente. A escola, sucessora da União da Ilha, cuja rainha de bateria usou uma fantasia de 12 kg, desfilou com o enredo "Onisuáquimalipanse (Envergonhe-se quem pensar mal disso)", baseado na França do século XVII, na qual um ministro desviou dinheiro do reinado de Luís XV para construir um luxuoso palácio, e a rainha de bateria representou o Sol.
"Eu senti que foi dever cumprido, foi lindo", declarou sobre o desfile, um ano após escorregar na Avenida. "Todos os anos eu venho com um antiderrapante debaixo da sola do salto. É o que eu costumo falar: por mais que eu estivesse com a melhor sandália do mundo, que eu estivesse descalça, eu ia cair porque era óleo. Foi uma fatalidade, não tinha como evitar, mas eu estou sempre com antiderrapante para prevenir danos", explicou ao G1: "Quando eu caí, eu levantei e sambei. Nunca que eu vou parar de sambar".
Filha do presidente da escola, Raphaela sente o peso do posto e não perde o frio na barriga antes de cruzar a Avenida. "Cada Carnaval é a mesma emoção, a mesma oportunidade. É sempre um desafio", explicou a universitária, dona do posto desde os 15, em entrevista ao jornal "O Dia".
Ao cruzar a Sapucaí na madrugada desta segunda-feira (27) pela última vez como rainha de bateria da Imperatriz Leopoldinense, Cris Vianna se emocionou. Entretanto, em entrevista ao Purepeople, Luiza Brunet, que voltou a desfilar pela escola após quatro anos, afirmou que a atriz voltará em 2018. "Ela não vai deixar não, ela vai voltar, vocês vão ver só", disse a mãe de Yasmin Brunet.
(Por Marilise Gomes)