Com quase 50 anos de carreira, Antonio Fagundes já foi mocinho e vilão, já viveu homem rico e pobre, na TV, no teatro e no cinema. Ator consagrado, Fagundes foi o entrevistado do programa "Marília Gabriela Entrevista", do GNT, que vai ao ar domingo (6). No ar como César Khoury em "Amor à Vida ", novela das 19h da Globo, ele revelou: "Eu amo todos os meus personagens, principalmente os canalhas".
Para Antonio Fagundes, "novela é entretenimento. O que acontece com a novela brasileira é que ela avançou para um lado mais politizado do que as novelas do restante do mundo". E acredita que ao falar sobre um personagem, "na verdade você está discutindo preconceito, homofobia, traição".
Em cartaz em São Paulo com a peça "Tribos", Fagundes lamenta apenas que o teatro não seja um hábito para os brasileiros. "Se você fechar todos os teatros do Brasil o público vai demorar pelo menos oito meses para perceber", acredita.
Este espetáculo, segundo Fagundes, foi uma ideia do filho, Bruno Fagundes. "Foi meu filho quem viu peça nos Estados Unidos e assim que saiu do teatro me ligou chorando, falando que a gente tinha que fazer. Foi então que eu li, gostei e comprei os direitos. Aí o Bruno me convidou para fazer um papel, pequeno", disse aos risos.