Está finalizado o inquérito que investigou as causas do atropelamento de Kayky Brito, por volta da 1h do dia 2 de setembro. A polícia civil vai pedir o arquivamento do caso em decisão que caberá ao Ministério Público. O ator segue internado após apresentar politraumatismo e traumatismo craniano, passou por duas cirurgias, e desde a sexta-feira (22) está em um quarto do Hospital Copa D'Or.
Mas porque será pedido o arquivamento? A perícia constatou que Diones da Silva, motorista de um carro de aplicativo, trafegava em torno de 48km/h na avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, local do acidente. A máxima permitida ali é de 70km/h; ou seja, Diones estava cerca de 22km/h abaixo do limite. A perícia chegou a essa conclusão através de uma série de elementos, que incluem as imagens do quiosque da orla onde Kayky e Bruno de Luca estavam, e depoimentos, como da passageira que ele transportava.
As câmeras mostram ainda que o irmão de Sthefany Brito atravessou na frente de um dos carros na direção dos prédios, escapando por pouco de ser atingido. Pouco depois, fez o caminho inverso e tentou atravessar correndo a pista fora da faixa de pedestre e acabou atropelado.
Vale lembrar que 48h após o acidente, o prefeito da capital se pronunciou e disse que iria determinar a redução da máxima de velocidade no local por considerar 70km/h "um absurdo".
O delegado Ângelo Lages lembrou que Diones não estava alcoolizado e nem havia feito uso de entorpecentes. Por outro lado, o motorista que recebeu R$ 100 mil em uma vaquinha virtual para arcar com as despesas do conserto do carro (doaria depois grande parte desse valor) dirigia dentro do limite permitido, de forma atenta, e com as duas mãos ao volante, além de ter acionado e prestado o socorro a Kayky. O
"Entendemos que todos os elementos colhidos em depoimentos, laudos e vídeos, além da atitude de socorrer a vítima, isentam o motorista de qualquer responsabilidade", pontuou ao g1. A perícia revelou ainda que o carro de Diones estava a menos de 10 metros de Kayky quando o artista iniciou a tentativa de cruzar a pista em um espaço de tempo de 0.73 segundo.
Diante disso, Diones precisava estar a mais de 26 metros de Kayky para na velocidade na qual se encontrava não atingir o ator. "O laudo é esclarecedor, e não restam dúvidas. A distância entre carro e vítima no instante em que ele inicia a travessia, mesmo a uma velocidade abaixo da permitida, era insuficiente para que o motorista percebesse, reagisse e parasse o veículo sem impacto", finalizou Lages.