Dois meses após o acidente de Kayky Brito, Bruno de Luca veio a público falar sobre a postura que teve na noite do atropelamento do ator. O apresentador está sendo autuado por omissão de socorro e enfrenta duras críticas dos internautas nas redes sociais devido comportamento na madrugada do dia 2 de setembro.
De acordo com as câmeras de segurança do quiosque onde Bruno e Kayky estavam, o apresentador presenciou o acidente do amigo, mas saiu sem prestar socorro. Nas redes sociais, ele falou pela primeira vez sobre o motivo de tal comportamento.
"Venho me consultando com psiquiatras, fazendo hipnoterapia, meditação guiada e pensado muito. O acidente que vi me deixou em estado de choque, transtornado. Na minha cabeça eu tinha presenciado uma morte. Todos esses eventos naquela noite afetaram minha capacidade de discernimento e coerência. Fiquei totalmente descontrolado e mentalmente abalado. Segundo a Drª Júlia Fandiño, psiquiatra que venho me consultando, eu tive uma confusão mental durante uma experiência traumática, que evoluiu com uma amnésia dissociativa", explicou Bruno.
"Desde o dia 2 de setembro tenho vivido numa angústia muito grande. Minha principal preocupação era o estado de saúde do Kayky. Durante este período, mantive contato constante com a família dele, que sempre me atualizou sobre sua evolução. Desde que ele recebeu alta e teve acesso ao seu celular, estamos nos falando e ele vem me contando sobre seus progressos clínicos e na fisioterapia. Isso tem acalmado meu coração.
Esses dois meses também me trouxeram lições valiosas sobre a vida, a responsabilidade, limites e como a vida pode virar de cabeça pra baixo em segundos. Desde que o Kayky se mudou pra Curitiba, há pouco mais de um ano, nossos encontros ficaram mais raros. Naquela noite, nos encontramos pra celebrar os novos momentos de nossas vidas: paternidade, família, novos objetivos. Infelizmente, toda essa empolgação nos fez exagerar na bebida, e esse exagero transformou comemoração em tragédia.
Desde então, venho me consultando com psiquiatras, fazendo hipnoterapia, meditação guiada e pensado muito. O acidente que vi me deixou em estado de choque, transtornado. Na minha cabeça eu tinha presenciado uma morte. Todos esses eventos naquela noite afetaram minha capacidade de discernimento e coerência. Fiquei totalmente descontrolado e mentalmente abalado. Segundo a Drª Júlia Fandiño, psiquiatra que venho me consultando, eu tive uma confusão mental durante uma experiência traumática, que evoluiu com uma amnésia dissociativa.
De acordo com a ciência, a amnésia dissociativa consiste em um tipo de perda da memória provocada por trauma ou estresse e resulta na incapacidade de recordar informações pessoais importantes. Eu lembro de poucos flashes dos momentos finais daquela noite: me despedir do Kayky, virar pra pagar a conta, um grande barulho, alguém sendo arremessado. A partir daí, só gritos e confusão. Muita gente correndo. Depois disso, um apagão total.
Quando eu já estava entrando no avião, comecei a ver as notícias nos sites que diziam que ele havia sido atropelado. Eu não acreditava no que estava acontecendo. Enquanto lia as notícias, o avião decolava pra São Paulo. Pedi para meu pai e irmão irem ao hospital. Assim que cheguei, recebi ligações do meu pai do hospital me falando sobre o estado do Kayky. Cancelei meu trabalho, voltei no primeiro voo que consegui vaga e fui direto para casa da família dele.
Conversamos, nos emocionamos muito. Em nenhum momento, a família do Kayky duvidou do que contei. Durante esses mais de 20 anos de amizade passamos por muitos momentos felizes mas também por momentos muito delicados, em que eu sempre estive ao lado do Kayky. Sua família me conhece muito bem, sabe o tamanho da nossa amizade.
É claro que se pudesse escolher, minha reação teria sido outra, teria sido bem mais pró ativo e acima de tudo, teríamos ido embora antes, e em segurança.
Por mais que nossas vidas tenham mudado completamente naquele dia, eu resolvi agradecer. Agradecer pelo Kayky estar vivo, ter tido uma nova chance. Agradecer pelo Diones ter prestado socorro prontamente. Por não ter tido nenhuma outra vitima. Por ter uma família maravilhosa que me apoia nos momentos difíceis. Agradecer a minha companheira Sthefany por todo amor e paciência, por estar sempre ao meu lado, por me ajudar a ter clareza e por cuidar do nosso bem maior.
Crescemos e evoluímos com nossos erros e tropeços. E é isso que eu vou passar para a minha filha ao longo da vida, sempre existirá uma nova chance para se recomeçar. E eu recomeço olhando pra dentro, tentando vencer meus próprios obstáculos, com a certeza que a vida é linda e curta. A felicidade é um bem precioso que deve ser buscado todos os dias. Eu seguirei buscando a minha".