Xuxa Meneghel escapou de ficar no meio de um tiroteio em agosto de 1991. Dois irmãos, um deles morto na ação, foram acusados de planejar o sequestro da apresentadora e de Letícia Spiller, então uma das Paquitas. No carro da dupla foram encontradas escopetas, granadas e um revólver.
Na época, Xuxa comandava o "Xou da Xuxa" (1986/1992) nas manhãs da Globo, já havia reunido milhares de fãs para comemorar os dois anos do programa, gerando um caos no Jardim Botânico, onde ficava o teatro da emissora carioca, e tido rápida passagem pelas tardes de domingo, com o "Bobeou, Dançou!" (1989).
Mas essa não foi a primeira vez que a hoje mãe de Sasha Meneghel correu risco de sequestro, crime em alta no Brasil nos anos 1990 - a irmã de Silvio Santos (1930-2024) ficou horas presa em um porta-malas ao ser raptada. O Purepeople retorna a 8 de agosto de 1991 para te contar.
Naquela data e um dia após o tiroteio nas proximidades da Globo, o "Jornal do Brasil" relatava que em setembro de 1990 a prisão de um homem (J.L.B. da S.) fez a polícia do Rio de Janeiro descobrir que Xuxa era o próximo alvo da quadrilha organizada por Mauro Luís Gonçalves de Oliveira/Maurinho Branco, morto em ação da Polícia Federal.
A essa altura, o empresário Roberto Medina havia ficado 16 dias em cativeiro. O plano desbaratado fez Marlene Mattos, empresária e diretora de Xuxa na ocasião, proibir a artista de conceder qualquer declaração à imprensa. Porém, não houve alteração no número de seguranças que seguiam Xuxa até o estúdio da Globo, seis.
A ideia era sequestrar Xuxa no trajeto entre a casa dela, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, até o Jardim Botânico, Zona Sul, após levantar os hábitos da hoje namorada de Junno Andrade e destaque no Rock in Rio 2024.
"Todo o tempo passa pela minha cabeça a ideia de deixar o Brasil", falou Xuxa um mês após o plano ser descoberto. A artista revelou ainda que rezava para nada acontecer e atribuiu às crianças o fato de ter permanecido no país.