Dayanne Bezerra, irmã caçula de Deolane Bezerra, chamou atenção após uma transação bancária considerada suspeita. Segundo informações do jornal Diário de Pernambuco, a advogada e influenciadora tentou sacar R$ 2 milhões em espécie para comprar um imóvel à vista em São Paulo.
Embora Dayanne não seja investigada, as informações constam em um relatório da Operação Integration, a mesma que prendeu a mãe, Solange, e a irmã dela há exatos 15 dias.
A solicitação do saque milionário chamou a atenção de um órgão vinculado ao Banco Central que investiga possíveis crimes financeiros, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A instituição, então, emitiu um alerta espontâneo à Diretoria Integrada Metropolitana (DIM) da Polícia Civil. A situação ocorreu no dia 24 de novembro de 2023.
Segundo o documento, o alerta apontava que a movimentação financeira era suspeita e incompatível com a renda declarada de Dayanne, calculada em R$ 21,4 mil. O saque milionário foi bloqueado pelo banco e as contas da advogada e de familiares foram encerradas.
Ainda segundo informações do Diário de Pernambuco, Dayanne justificou ao banco que usaria o dinheiro para comprar um imóvel de Deric Elias Costa Silva, irmão do influenciador Nino Abravanel. A advogada alega que ele teria pedido o valor em espécie.
No entanto, em consulta ao Operador Nacional do Registro Eletrônico de Imóveis (ONR), foi constatado que não havia nenhum imóvel em São Paulo em nome do CPF fornecido por Dayanne. Além disso, a investigação afirma que um contrato de compra e venda do imóvel não foi apresentado ao banco.
O documento informa que a conta bancária registrou crédito de R$ 6.155.188,24 de abril a setembro de 2023. 93% das transferências foram feitas via PIX. Já os débitos somaram R$ 6.125.108,96. 50% deles foram aplicados em investimentos e 36% foi movimentado através de PIX.
"Chama atenção a movimentação a crédito apresentada não ser possível atestar que a origem dos recursos seja proveniente da atividade comercial, tendo em vista que a maior parte dos valores recebidos são oriundos de empresas de meio de pagamento, onde não é possível identificar o real remetente desses recursos", afirma o documento.