Filha de Silvio Santos (1930-2024) e presidente do SBT, Daniela Beyruti reagiu e se pronunciou após uma jornalista ter sido demitida pela emissora nesta segunda-feira (6) em uma nova reestruturação do Jornalismo do canal. A agora ex-funcionária, cujo nome é mantido em sigilo, enfrenta uma batalha contra câncer no cérebro. O caso lembra a demissão de Ney Inácio em 2020, repórter icônico do "Programa do Ratinho", e também diagnosticado com tumores.
No caso da jornalista demitida nessa semana, a doença foi descoberta em 2019, dois anos após sua contratação: "Minha demissão não é ilegal, mas é imoral". Por sua vez, a filha número três do homem do Baú garantiu que o fato será apurado por ela mesma.
"Vou investigar", resumiu Daniela ao "Notícias da TV", afirmando desconhecer a demissão da profissional. Por sua vez, a jornalista acionou o Sindicato dos Jornalistas e um advogado por ajuda, e afirmou que o SBT a manteve com convênio médico por mais seis meses.
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"Com o Silvio Santos não era assim", protestou se referindo ao fundador da emissora, morto em agosto, aos 93 anos. "Eles disseram que o SBT não era responsável pelo meu câncer. Só que eu trabalho no SBT desde 2017, e meu câncer no cérebro apareceu em 2019", protestou.
"Eles disseram que não é problema deles. Depois disso, vão tentar ver se podem fazer algum acordo para eu pagar e continuar com ele por mais dois anos", prosseguiu. Além dela, outros funcionários, como a apresentadora Márcia Dantas, do telejornal "Primeiro Impacto", foram demitidos do SBT, que planeja anunciar as contratações de Boninho e Tiago Leifert.
A ex-funcionária relatou que a reestruturação no SBT já era esperada desde que Leandro Cipoloni chegou à direção nacional de Jornalismo do canal. "Saí de lá chocada, apavorada", resumiu, para fazer fortes acusações. "Eles andam gritando no switcher, coisa que nunca aconteceu antes. O clima é de muita tristeza e de muita tensão", afirmou.
"Eles não se comoveram (...). Pedi para me deixar só com o convênio, e eu trabalharia, mas não quiseram saber. A ordem é: custa muito caro para a emissora, mandem embora", continuou. "Minha demissão não é ilegal, mas é imoral. Nunca vi nada igual. Mandaram embora também uma menina que o irmão está em estágio terminal de câncer", finalizou.