O jatinho de Wesley Safadão foi apreendido e teve o uso bloqueado pela Justiça, segundo informações do G1. De acordo com o portal, o veículo foi pedido em uma ação que visa ressarcir as dívidas de um grupo de investidores que foram alvos do "Sheik dos Bitcoins", que fez outras vítimas famosas, como Sasha Meneghel. A aeronave está avaliada em R$ 37 milhões.
A defesa de Wesley Safadão recorreu da decisão e alegou que o jatinho estava sob uso do cantor como uma espécie de garantia. A equipe do artista afirma que ele também sofreu golpes do "Sheik" e que o avião serviu de garantia de que ele receberia de volta o dinheiro que investiu.
Anteriormente, a empresa de Safadão, a WS Shows, obteve uma decisão provisória para continuar usando o jatinho em meio aos processos para transferir a propriedade.
Em nota, a equipe do forrozeiro se disse surpresa com a decisão da Justiça. "A WS Shows é mais uma vítima dessa operação. Buscando antecipar notícias e afastar indevidas conclusões sobre o caso, esclarecemos que os sócios da WS Shows também acreditaram ser uma boa oportunidade de negócio, e assim que identificaram fragilidades, correram atrás de desfazer tudo, conseguindo minimizar o prejuízo investindo na compra do avião, inclusive pegando financiamento com o Banco do Brasil S/A. A WS Shows foi surpreendida com a recente decisão que determinou o bloqueio do jato, porém já está nas mãos da Justiça para que tudo seja resolvido da melhor e mais justa forma", diz o comunicado.
O empresário Francesley da Silva, o "Sheik dos Bitcoins", foi preso preventivamente em novembro deste ano pela Polícia Federal, em Curitiba. Ele foi acusado de liderar um esquema de fraude de comercialização de criptomoedas. Estima-se que R$ 4 bilhões tenham sido movimentados com a fraude. Só para Sasha Meneghel, o prejuízo foi de R$ 1,2 milhão.
De acordo com o Jornal O Globo, Sasha e João alegam que Francisley montou uma "sofisticada cadeia de subterfúgios para constituir pirâmide financeira e aplicar golpe nos autores".
O "Sheik" foi denunciado por uma série de crimes, entre eles, organização criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato e crimes contra a economia popular, mesma prática que levou Deolane Bezerra a ser investigada neste ano.