Ludmilla voltou a ser alvo de seus vizinhos nesta terça-feira (14), com a divulgação de um vídeo no qual é possível ouvir o som alto vindo da casa da cantora. Paula Mariano conversou com o Purepeople e explicou que ela e outros moradores da rua, localizada no bairro da Ilha do Governador, no Rio, ainda não pensam em colocar a funkeira na Justiça.
"Sinceramente, não estou pensando nisso ainda. Estou aguardando que esse movimento público a faça mudar de conduta", afirma, sem descartar mover uma ação futuramente: "Acredito que não teremos outra saída. É o que estamos evitando. Esperamos porque sabemos que quando uma pessoa se muda para uma casa nova, sempre passa um período celebrando e aproveitando a residência. Estávamos esperando que não fosse mais novidade, mas o tempo está passando e o volume das músicas e quantidade de palavrões está piorando. Como todos trabalham é sempre um transtorno mover uma ação. Por isso estamos aguardando o bom senso", explica.
No início de 2016, Ludmilla já havia sido alvo de reclamações pelo mesmo motivo por parte de seus vizinhos. Paula conta que, no entanto, nunca procurou a cantora para pedir que abaixasse o volume do som. "Moro há 22 anos nessa rua, onde a maior parte dos vizinhos também é bem antiga, nunca nos ocorreu problema semelhante. É uma rua muito tranquila, com gente muito da paz e que trabalha cedo. Saímos cedo e voltamos tarde. Depois que a gente vê que a pessoa em questão deu uma entrevista dizendo que somos todos invejosos e que 'os incomodados que se mudem', fica difícil achar que existe a possibilidade de diálogo. Eu não a procurei. Não sei se meus vizinhos a procuraram. Sempre acredito no bom senso. É muito surreal que uma pessoa escute música nesse volume e simplesmente não saiba que incomoda quem vive ao redor".
A vizinha de Ludmilla ainda deixa claro que o estilo musical não é o único incômodo. "Não estou falando aqui de música alta apenas, o que seria compreensível já que trata-se de uma festa ou comemoração e todos têm o direito de celebrar. Estou falando aqui de uma altura absurda, que passa dos limites, gerando desconforto, conforme pode ser visto em vídeo. Apesar de o tipo de música ser um fator agravante devido a tantos palavrões, mesmo se fosse música clássica no volume em que se apresenta durante as festas, seria incômodo igual. Ninguém tem o direito de obrigar seu vizinho a escutar sua música, seja ela qual for. É uma questão de bom senso", pondera.
Paula conta que a frequência das festas diminuiu com relação à época em que Ludmilla se mudou. "Não é todo final de semana, mas é algo frequente. Hoje em dia o horário das 22h é respeitado, porém existe uma lei a respeito do nível dos decibéis e essa nunca é respeitada. O som é altíssimo, tanto que escutamos dentro de nossas casas em volume que impede um estudo, descanso, ver um filme, enfim... Meu filho tem 7 anos, mas há bebês muito novinhos cujas mães passam momentos complicados quando há festas. Fora isso, muitas músicas são os chamados 'proibidões' e a quantidade de palavrões e a forte conotação sexual das músicas é algo muito complicado de se escutar".
(Com apuração de Rahabe Barros e texto de Caroline Moliari)