A tragédia em Petrópolis tem mobilizado famosos e anônimos no país inteiro. Assim como aconteceu após as enchentes da Bahia, os bombeiros seguem nas buscas por sobreviventes na região - mais de 130 pessoas estão desaparecidas. Por enquanto, 105 corpos já foram encontrados.
Entre eles, o de Maria Eduarda, filha de 17 anos de Gizelia de Oliveira Carminate, mãe desesperada que passou a madrugada inteira cavando na lama atrás da menina. Ela conseguiu uma enxada para tirar os destroços mais rápido do caminho, e passou a gritar pelo nome de Duda incessantemente. Os esforços, no entanto, foram em vão. O corpo de Maria Eduarda foi reconhecido nesta quarta (16).
A adolescente tinha ido a Petrópolis poucos dias antes. Ela estava na casa da madrinha, que tinha a companhia da neta de um ano. As três morreram na tempestade, abraçadas em um sofá, mas soterradas pela lama.
"Minha filha era a coisa mais linda que tem no mundo. Te juro por deus. Uma princesa, 17 anos", lamentou Gizelia em entrevista ao portal "G1". Aos 36 anos, ela fez um desabafo nas redes sociais: "Deus me deu, Deus levou", escreveu como legenda de uma foto com a menina.
Em conversa com o "RJTV", Gizelia explicou, bastante abalada, que não pôde reconhecer o corpo da filha, tarefa que foi dada aos outros familiares da menina. A mãe explicou que os funcionários não deixaram que ela visse Maria Eduarda porque estava passando mal.
"Te amarei eternamente. Você levou metade de mim. Luto eterno, minha princesa", lamentou Gizelia na internet. Amigos da família deixaram mensagens de solidariedade à mãe e recados de saudade no perfil da filha.