Atualmente, Tony Ramos está no ar em duas novelas: 'Terra e Paixão ' e 'Mulheres Apaixonadas '. Nas tardes da Globo, a partir do dia 27 de novembro, o ator deixará seu lado boêmio, como Téo, e dará vida ao sério empresário, Antenor Cavalcanti, de 'Paraíso Tropical'.
Pela primeira vez, a novela de Gilberto Braga será exibida no Vale a Pena Ver de Novo. A trama que conta a história de Daniel (Fábio Assunção ) e seu envolvimento com as gêmeas Paula e Taís, vividas por Alessandra Negrini , traz personagens complexos e misteriosos, como o ricaço vivido por Tony Ramos.
Em entrevista ao Gshow, o ator de 75 anos relembrou sua participação na novela das nove. No papo, ele ressalta a boa parceria com o autor Gilberto Braga, morto em 2021. "Gilberto era um homem muito generoso, enfim, a saudade sempre eterna. Quem escreveu [a novela] 'Vale Tudo' como ele e quem privou de várias reuniões de trabalho e sociais com ele, sabe muito bem do que eu estou falando: era um brilhante criador, um homem intelectual, de muito bom humor, de uma fina ironia. Esse cidadão, chamado Gilberto Braga, só deixou saudades, um grande escritor."
Sobre o elenco, Tony Ramos rasga elogios especificamente para Camila Pitanga , com sua inesquecível Bebel. "Lembro a beleza que era ver o trabalho de Camila Pitanga com a Bebel, linda personagem que ela desenvolveu. Então o próprio texto te conduzia automaticamente às informações para você poder criar a tua personagem".
O veterano também destacou uma de suas cenas preferidas. "Após a separação entre a minha personagem e a da Renée de Vielmond, o Antenor procura o personagem do Fabinho Assunção e começa a conversar, fazer um balanço de vida e, movido por duas, três doses de uísque, ele vai ficando emocionado. Essa, para mim, é uma cena emblemática, sem dúvida".
No ar como o mau-caráter Antônio La Selva de 'Terra e Paixão', Tony Ramos faz um comparativo com Antenor Cavalcanti, cujo caráter também era bastante duvidoso. "Os personagens Antônio La Selva e Antenor Cavalcanti são absolutamente díspares, muito distantes. É claro que a ambição dos dois é absoluta, são muito ambiciosos. Só que a ambição de Antenor era medida, ele não mandava matar, não tinha essa obsessão pelo poder da forma que o Antônio La Selva tem. Então, eles são bem diferentes, mas, ao mesmo tempo, são muito ricos como personagens".