Thaeme Mariôto ganhou o apoio da família, amigos e fãs ao confirmar aborto aos 3 meses de gravidez. Em entrevista ao Purepeople, a cantora disse também ter encontrado um tipo de conforto nas redes sociais. "Muita gente comentou que as pessoas não apoiam quando se perde filho, que as pessoas te evitam, somem, mas a minha experiência foi completamente diferente. Vi que, através de mim, consegui ajudar tantas mulheres que precisavam de uma palavra de carinho, algumas que nunca falam sobre o assunto e estão com o sentimento de perda preso", conta a loira, durante participação no São João da Thay, no Maranhão, nesta quinta-feira (28).
A intérprete do hit "Coração Apertado" ainda relata que a partir daí criou-se uma rede de apoio. "Uma mulher ajuda a outra, dando dica médica baseada na história que ela contava. Esse movimento, de uma pessoa ajudando a outra, através de mim, pensei: 'Deus sabe o que faz'. Essa perda rendeu muitos frutos. Muitas mulheres vão conseguir ter seus filhos através disso. Eu já conversei e converso com mais de 2 mil mulheres. Todos os dias, conto como eu descobri, o que aconteceu e o que deve fazer, para investigar trombofilia, que é uma causa de aborto. Foi lindo de ver esse apoio mútuo. E estou bem, fiquei mal, mas aceitei e agora estou serena, tranquila, e ciente que não era o momento e ela tinha um missão muito maior do que eu imaginava. Muito maior do que crescer comigo, era que eu ajudasse muitas outras mulheres", afirma.
Com planos de nova gravidez, a sertaneja está iniciando uma reeducação alimentar. "Quando acabei perdendo entendi que precisava cuidar do meu corpo, porque na gravidez essa seria minha última preocupação. Fui na nutricionista e com exames descobri que precisava desinflamar o organismo, o intestino e repor vitaminas. Aí comecei a fazer reeducação mais forte. Estou tentando ao máximo evitar coisas com muita gordura, tenho o colesterol alto desde os 20 anos, e são coisas que acabam atrapalhando depois. Não desisti de ser mãe e quero tentar novamente. Não vou tentar agora porque não posso, fiz procedimento cirúrgico e meu útero precisa voltar ao normal e isso demora uns três meses. Devo tentar a voltar em janeiro e vamos ver o que Deus vai me preparando psicologicamente pra isso", finaliza.
(Com apuração de Patrick Monteiro e texto de Rahabe Barros)