Aos 43 anos, Fernanda Rodrigues voltou às novelas como a Alícia da novela "Fuzuê" cinco anos depois de dar vida a Fabiana de "O Outro Lado do Paraíso" (2017/2018). Mãe de um casal de filhos e comparada à filha, Luisa, de 13 anos, a atriz debutou nos estúdios em 1984 no clipe "Lindo Lago do Amor", de Gonzaguinha (1945-1991). Depois, empilhou comerciais (destaque para um dos supermercados Sendas), outros clipes e participações especiais em programas como "Os Trapalhões".
"Já gravei clips com o Trem da Alegria, o Balão Mágico e a Lucinha Lins (intérprete de sua mãe em "A Viagem", de 1994), e participei ainda de um dos especiais de Natal da Xuxa", relatou ao "O Globo" de junho de 1991. "E apareci nos 'Trapalhões' interpretando uma bruxinha. Gostei do papel, mas detestei colocar aquele narigão, colado com cera no meu rosto. Incomoda demais", reforçou Fernanda, que anos mais tarde descobriria uma traição pela TV.
Na época daquele depoimento, Fernanda estava estreando em novelas com "Vamp", no papel da órfã de mãe Isa, dotada de elevado QI, irmã de Nando (Henrique Faria), filha de Jonas (Reginaldo Faria), e que se comportava como um menino.
"Ela adora jogar futebol, pular muro, vive com um macacão jeans e tem como ídolo o irmão", resumiu a então estudante da quinta série. Para conseguir gravar a trama das sete, Fernanda - hoje casada com o diretor Raoni Carneiro (veja aqui fotos da cerimônia celebrada em 2022) - precisou largar uma atividade igualmente promissora e por um motivo curioso.
"Desisti de ser tenista profissional porque é uma carreira muito cansativa e que dá calo nas mãos. Ser atriz também é trabalhoso, mas a diferença é que amo representar", declarou ela, também aluna de balé, teatro e inglês.
Até agora, Fernanda fez 17 novelas. Entre 1991 e 1999 foram sete - incluindo "Corpo Dourado" (1998), em reprise no Viva e o último trabalho de Gerson Brenner antes de ser baleado em tentativa de assalto. Na década seguinte, a atriz participou de seis novelas, como o remake de "O Profeta" (2006).
Por fim, de 2010 a 2020 foram três trabalhos. A todos esses se somam especiais, minisséries, seriados e séries, como o "Caso Especial" (1993) e "Retrato Falado" (2003).