O mundo do futebol voltou os olhos para a Arábia Saudita no final do ano passado, quando Cristiano Ronaldo foi contratado pelo Al-Nassr. Desde então, grandes nomes do esporte passaram a fazer parte dos times da liga saudita. Benzema, eleito o melhor jogador do mundo de 2022, Firmino e, por fim, Neymar , movimentaram um mercado milionário e chamaram a atenção com os altos salários.
Só o camisa 10 da Seleção e CR7 já configuram dois dos três maiores salários do futebol. Da onde vem tanto dinheiro já que o esporte começou a receber investimentos recentes no país?
O Al-Hilal, Al-Nassr, Al-Ahli e Al-Ittihad são os quatro clubes que têm como acionista maioritário o PIF (Fundo de Investimento Público), o fundo soberano de investimentos do país. Além disso, o time de Neymar também tem como proprietário o Kingdom Holding, a empresa de investimento do príncipe Al Waleed bin Talal Al Saud.
Como comparação, no Brasil, as maiores receitas dos clubes vêm através dos direitos de transmissão, transferências de jogadores, patrocínios, bilheterias e mensalidades de sócios-torcedores.
A ideia do governo da Arábia Saudita é tentar "limpar" a imagem através da ida dos grandes jogadores. Além disso, o país deseja ser sede da Copa do Mundo de 2030 e conta com CR7 como um de seus embaixadores.
Para ir de Paris à Arábia, Neymar embarcou para o país em uma das aeronaves mais luxuosas do mundo enviado pelo Príncipe Alwaleed Bin Talal. O Boeing 747, avaliado em R$ 1 bilhão, tem capacidade para 400 passageiros e possui dois andares.
O capricho custou caro ao meio ambiente. Estima-se que esse voo tenha liberado 230 mil kg de CO2 na atmosfera, 32 vezes mais que qualquer pessoa em um ano (que emite cerca de 7 mil em 12 meses). A grau de comparação, caso ele houvesse escolhido um jato particular, teria emitido 12 mil kg de CO2