
Diretor da prestigiada agência de modelos WAY Model, Anderson Baumgartner criticou o uso do termo “modelo” para se referir a Ana Awuada, garota de programa que afirma ter feito sexo com Neymar em uma festa de amigos na semana passada. Em uma carta de repúdio direcionada à imprensa, o empresário explicou que casos do tipo ajudam a reforçar o preconceito contra as verdadeiras modelos.
"Tenho lido inúmeras matérias com a chamada: 'A modelo recebeu dinheiro para fazer sexo com fulano'. Então, não é modelo. Não exerce a profissão de modelo. Ou seja, aos que dão este pronome, por favor, parem. É tudo bem colocar 'garota de programa', que é o que é. Ela exerce esta profissão e está tudo bem, só é preciso denominar corretamente", detalha Anderson.
O diretor da agência, que representa nomes famosos como Alessandra Ambrósio e Tatá Werneck, destacou que ser modelo profissional não é tarefa simples. "Para ser modelo profissional, a menina ou o menino precisa ter DRT, precisa fazer editoriais de revistas, campanhas, desfiles, catálogos de moda, e-commerces. Isso é trabalhar de fato nesta indústria como modelo, vendendo produtos, roupas, sapatos, cosméticos...", argumenta.

Anderson ainda lembra que, por conta do estigma errôneo, muitas pessoas já tiveram receio do mercado da moda. “Esse tipo de associação indevida faz um desserviço para as modelos profissionais, cria estigmas. Não se pode citar uma garota de programa como 'profissão: modelo'. Tudo bem com a profissão da garota de programa, mas cada um tem que ter seu nome. Não é a primeira vez, isso se repete, e entre grandes comunicadores. É preciso corrigir. Está tudo certo com a opção e profissão de cada um, só tem que ser chamada pela palavra correta", finaliza.
Em abril do ano passado, Nayara Macedo, nome real de Any, foi investigada pela Polícia Civil após denúncias de mais de 60 mulheres, que alegam terem comprado perfumes falsificados com a moça. Ela realizava a divulgação dos produtos através das redes sociais.
A Polícia Civil realizou uma operação de busca e apreensão na casa da mãe de Any e, por lá, encontraram frascos lacrados de perfume sem registro na Anvisa. Além disso, as análises indicaram concentrações inadequadas de metanol, que pode ser tóxico de maneira fatal se usado em doses erradas, em alguns dos itens.
A moça foi destaque no programa “Domingo Espetacular”, da Record TV, na época. Ela negou a venda de produtos falsificados e garantiu que comercializava apenas perfumes originais e genéricos legalizados. Segundo apuração do Splash, do portal UOL, o caso ainda está em investigação.