"Segundo Sol" está na reta final e as reviravoltas estão a todo vapor! Após a revelação que Karola (Deborah Secco) é filha de Laureta (Adriana Esteves) e Severo (Odilon Wagner), os telespectadores vão descobrir que Zefa (Claudia Di Moura) sempre soube do segredo do ex-patrão, mas preferiu não contar para família, assim como escondeu que Roberval (Fabrício Boliveira) era fruto de um affair com o empresário e Edgar (Caco Ciocler) era seu filho. Em entrevista para o site "UOL", a intérprete defendeu a personagem: "Não acho que o foco deva estar na responsabilidade de Zefa, mas sim sobre a vilania de Severo. Ela fez tudo o que fez sob opressão, manipulação e ameaças. Poucas vezes na vida, ela pôde agir de acordo com suas próprias vontades".
Zefa foi julgada pelo público por esconder o parentesco dos filhos e por se submeter a Severo. Na reta final, a emprega doméstica deixa o uniforme de lado e assume o papel de matriarca de família Athayde. "Não encaro essa possível demora como uma falha da narrativa. É coerente com a firmeza de Zefa. Firmeza que, às vezes, vira teimosia, mas que faz sentido dentro das convicções dela. A relação com o uniforme, por exemplo. Não é meramente uma peça de figurino. É um símbolo, é sua farda de combatente. Ela nunca poderia se livrar dele enquanto não sentisse que a guerra havia sido finalmente vencida"
Para a artista, o título da novela mostra que é possível que todos tenham chances de ganhar uma segunda chance: "Não significa que todos terão [redenção], não sei de todos os segredos. Mas sei que não posso julgar Zefa. Suas circunstâncias foram muito específicas, é dificílimo encontrar paralelo absoluto com as vivências reais. Enxergo sua trajetória como uma metáfora da mulher que foi destituída de sua individualidade por um sistema machista e sufocante, mas que não deixou de ser uma engrenagem desse mesmo sistema, pois é isso que ele faz. Ele incorpora os oprimido".
(Por Tatiana Mariano)