O remake da novela "Pantanal" estreia no dia 28 de março na faixa das nove na Globo para recontar a saga de José Leôncio e Juma Marruá. Exibida originalmente em 1990 pela extinta TV Manchete, a novela de Benedito Ruy Barbosa ganha uma segunda versão escrita agora por seu neto Bruno Luperi. Esse remake promete ser fiel ao original, que alcançou a liderança da audiência em um dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira em seus 70 anos.
À frente do elenco, Marcos Palmeira (como José Leôncio) e Alanis Guillen (como Juma Marruá). A atriz, a propósito, conquistou o papel após três testes. A nova versão de "Pantanal" reúne alguns atores que estiveram no original. Entre eles o próprio Marcos Palmeira (intérprete do Tadeu e agora dando vida a José Leôncio, pai do peão), Almir Sater (que foi Trindade e agora será Eugênio) e Paulo Gorgulho (José Leôncio na juventude e, depois, o filho dele José Lucas de Nada, será o peão Ceci).
A novela - marcada por morte trágica do vilão Tenório - vai apresentar ainda novos personagens e assim como ocorreu há 32 anos teve cenas gravadas no Mato Grosso do Sul. Para isso, a Globo despachou mais de 170 malas, alugou fazendas e enviou 12 caminhões lotados de equipamentos.
A novela das nove estreia em 28 de março após um adiamento de duas semanas por conta da nova onda da pandemia de Covid-19. "Pantanal" irá substituir "Um Lugar ao Sol". Curiosamente, o original estreou em uma data muito próxima, mas em 27 de março de 1990, indo até 11 de dezembro, somando 216 capítulos dirigidos por Jayme Monjardim.
A novela seria reprisada entre junho de 1991 a janeiro seguinte, entre outubro de 1998 a julho de 1999, e entre junho de 2008 a janeiro de 2009 (esta no SBT).
A história principal de "Pantanal" gira em torno de José Leôncio, um fazendeiro filho de Joventino, que ao lado do pai chega naquelas terras após comprar uma fazenda. Na juventude, Leôncio chega a viajar para o Rio, onde se apaixona por Madeleine, com quem tem um filho. A garota filha de família rica, até se muda para o Pantanal com Leôncio, porém não se adapta à vida no meio do nada e retorna à cidade grande.
No meio disso, Leôncio se envolve com Filó, uma prostituta, e tem um filho com ela também, Tadeu. Paralelamente, Joventino some em uma caçada e é dado como morto. "Pantanal" então pula 20 anos no tempo e Jove, filho de Madeleine, resolve ir atrás do pai, Leôncio, que se casou com Filó.
Classificado como afeminado, Jove passa a ser ridicularizado pelos demais peões, contudo se apaixona por Juma Marruá. Pai de Jove e Tadeu, Leôncio é surpreendido ainda pela chegada de José Lucas de Nada, seu outro filho, com uma prostituta. Ao mesmo tempo, o fazendeiro tenta encontrar o Velho do Rio, um espírito que protege a região e é seu próprio pai.
A história abriga ainda outras tramas paralelas como a de Tenório, o marido machista casado com Maria "Bruaca" e pai de Guta. Tenório é o grande vilão da trama e chega, no original, a decepar o órgão genital de Alcides, o peão que se envolve com Maria.
Juma Marruá irá conquistar Jove, filho de José Leôncio e Madeleine, e neto de Joventino. A mulher que vira onça é filha de Maria e Gil, cujos outros três filhos foram mortos em disputas de terras e vingança. O casal se muda para o Pantanal após comprar terras que já ditam donos. No Pantanal, tanto Maria como Gil também acabam assassinados em períodos diferentes.
Na segunda fase da novela, Juma se envolve com Jove e chega a se mudar com ele para o Rio de Janeiro, porém como ocorreu com Madeleine não se adapta ao choque cultural e retorna ao Pantanal ao lado do namorado. Jove, por sua vez, além de "domar" Juma ainda se mostra um peão de primeira, herdando a vocação do pai e do avô paterno.