Os números que cercam as gravações do remake da novela "Pantanal" no Mato Grosso do Sul impressionam. Seis fazendas daquela região receberam equipes e equipamentos para os trabalhos da trama das nove que estreia em 28 de março - uma delas de propriedade de Almir Sater, confirmado no elenco bem como seu filho. Exibida originalmente em 1990 pela extinta TV Manchete, a história conta a saga de José Leôncio e a lenda de Juma Marruá, a jovem que se torna onça.
Na nova versão, Marcos Palmeira dá vida ao fazendeiro e Alanis Guillen à protagonista. Além de mais de 170 malas com figurinos, 12 caminhões foram levados até a região, distante quatro horas da cidade mais próxima, Aquidauana. De acordo com a gerente de produção, Luciana Monteiro, cada veículo suporta 12 toneladas. Ou seja, aproximadamente foram 144 toneladas entre material de produção, arte, cenografia, caracterização e tecnologia envolvendo entorno de 150 profissionais.
"Tivemos que fazer o transbordo para caminhões 4X4 para levar para dentro do Pantanal. Para cada caminhão baú, usávamos em média três ou quatro caminhões 4X4", explicou Luciana ao site da trama escrita por Bruno Luperi e que promete ser fiel ao original, uma das novelas mais emblemática das sete primeiras décadas de teledramaturgia brasileira.
Com boa parte das gravações realizadas na região Centro-Oeste, "Pantanal" não terá erguida uma cidade cenográfica. "Com a diversidade de paisagens que tínhamos no Pantanal, não fazia sentido termos uma cidade cenográfica", justificou o cenógrafo Alexandre Gomes de Souza.
Os Estúdios Globo vão receber apenas a parte interna da casa de José Leôncio ou o galpão dos peões, enquanto a cidade do Rio de Janeiro abriga umas externas. A região pantaneira abriga 40% das cenas dos primeiros quatro blocos de capítulos. Depois, a porcentagem cai pela metade nos capítulos seguintes.
"Ainda assim, pela logística e produtividade, a maior parte dos meses de gravação é no Pantanal. No Rio de Janeiro temos uma produtividade muito maior e conseguimos diminuir o tempo. São muitos os imprevistos. (...) Muita coisa a gente previu, sabíamos que seria difícil, por exemplo, questão de combustível, ter que comprar e estocar para atender gerador, barco etc. Sabíamos que não seria simples trazer os equipamentos e as pessoas, o transbordo de tudo que vem do Rio em caminhão baú, tudo isso foi previsto. Ainda assim vira e mexe somos pegos de surpresa com algo", prosseguiu Luciana.