Clara (Bianca Bin) vai revelar a Gael (Sergio Guizé) que ninguém além dela mesma pode explorar sua mina de esmeraldas na novela "O Outro Lado do Paraíso". Sob a influência de sua mãe, Sophia, (Marieta Severo ), gananciosa a respeito do garimpo, o rapaz insiste para que sua mulher aceite que suas terras sejam escavadas para encontrarem o tesouro, mas ela recusa a proposta. Quem adianta as informações é o colunista Daniel Castro.
Usando o casamento - marcado por um estupro logo após a festa - como desculpa, Gael afirma ter direito de montar o garimpo nas terras de Clara. A neta de Josafá (Lima Duarte), no entanto, o surpreende ao afirmar que a união civil não garante qualquer autorização a ele sobre as esmeraldas e explica o motivo. "Meu pai, antes de morrer, me explicou muito bem. Ele realmente acreditava que ia encontrar as esmeraldas. Conhecia garimpeiros. Sabia do assunto mais que vocês. Pelas leis do país, o proprietário das terras é dono apenas da superfície. Não do que tá embaixo", diz a mocinha que irá se recusar a denunciar as agressões do marido.
Gael, então, pergunta quem é o responsável pelas pedras. "A União. No caso de minérios, é preciso registrar o direito de exploração. Se achar, tem que pagar uma parte pra União. Quer dizer, Gael, que eu posso ser dona das terras. Mas uma pessoa completamente estranha pode registrar o direito de explorar as esmeraldas. Pode até me pagar uma quantia ridícula por isso", informa Clara. "Entendi. Esse papel aí significa o quê?", indaga o homem que, de agressor, se tornará o mocinho do trama. Clara, então, diz que, além de proprietária, também recebeu o direito de exploração do local: "Meu pai, que me amava, registrou o direito de exploração no meu nome. Só eu posso explorar as esmeraldas".
Inconformado com a notícia, o irmão de Lívia (Grazi Massafera) e Estela (Juliana Caldas) continua a afirmar que o casamento lhe dá legalidade a explorar a jazida. "Mas se é teu é meu", diz Gael. A jovem aconselhada por Mercedes (Fernanda Montenegro) a pedir o divórcio declara: "Não, não é. Não é uma propriedade. É um direito. Meu pai disse que direito não se divide. Agora, se casou comigo por causa das esmeraldas, deu um tiro n'água. A gente separa. Levo meu direito comigo".
(Por Carol Borges)