Na semana final de 'Terra e Paixão ', alguns atores da novela estão aparecendo na programação matutina da Globo para contar os últimos acontecimentos da trama. Na manhã desta terça-feira, 16, Cauã Reymond participou do 'Encontro com Patrícia Poeta ' para falar sobre os desdobramentos do seu protagonista.
Ao longo da programação, Amaury Lorenzo , o Ramiro, e Diego Martins, o Kelvin, tomaram café ao lado de Ana Maria Braga . O papo emocionou tanto a apresentadora quanto seus convidados.
Em um certo momento, o intérprete do jagunço mais querido do Brasil (que acredita ter sofrido racismo em voo no Rio de Janeiro) comentou que pensou em desistir da novela ainda no início das gravações, surpreendendo a loira. O novato ator de TV contou que Cauã Reymond foi o responsável por sua permanência na produção.
"No começo, no Mato Grosso do Sul, eu nunca tinha passado por essa experiência de novela. Falei: 'Ah, isso aqui não é pra mim, não. Vou voltar pro meu teatro, vai estar lindo lá. Aí entrei no hotel depois de um dia de gravação, um pouco triste. Seu Tony (Ramos) já fez assim pra mim (instruções para ter calma), e Cauã me viu. Bateu na porta do meu quarto e falou: 'O que tá havendo, Amaury?", descreveu o ator.
"Falei: 'Cauã, acho que vou falar com a produção, vou embora pra minha casa. Isso não é pra mim, não'. Aí ele sentou, contou a história dele de luta, e eu fui percebendo a generosidade dele contando a história dele de dificuldade, que já foi a história de muitos. Ele falou: 'Para com isso, espera o público ver. Trabalho com isso há 20 anos. Deixa o público ver, deixa ir ao ar, que eu tenho certeza que as pessoas vão se apaixonar", disse Amaury.
Na sequência, o artista contou para Ana Maria a gravidade de sua insegurança. "Eu sempre fui muito seguro do meu trabalho, batalhei muito. Só que TV é um veículo novo [para mim]. E a novela são muitas pessoas, a produção precisa andar. E eu sou muito sensível, do amor. Então, quando uma palavra atravessa, eu fico 'ai ai ai."
Ele também ressaltou a força dos colegas, além de Cauã Reymond. "O Ramiro é um homem do Brasil profundo, sem eira nem beira. Eu acho que já estava mexido por esse homem, esses homens tão oprimidos. O Cauã, o Paulinho Lessa, a Tatiana Tiburcio [ajudaram], o Tony Ramos falou no meu ouvido 'ei não, não pode não (desistir). Estou fazendo isso há quase 60 anos, segue, meu filho"