O Brasil lamenta a perda de uma das suas figuras mais populares: Silvio Luiz morreu na manhã desta quinta-feira (16), aos 89 anos. Um detalhe que sempre passa despercebido na gloriosa biografia do locutor esportivo é que antes de se consagrar no segmento, ele se aventurou como ator.
Silvio fez parte do elenco da primeira versão da novela "Éramos Seis", na Record. Isso aconteceu em 1958, quando ele tinha apenas 24 anos. Na trama, ele deu vida ao personagem Julinho, filho de Lola (Gessy Fonseca) e Júlio (Gilberto Chagas).
+ Triste coincidência: outro ícone do jornalismo esportivo, Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu nesta quarta-feira (15).
A participação de Silvio na novela voltou a repercutir em 2019, quando a TV Globo fez um remake da obra. Foi a quinta versão da trama. "Naquela época todo mundo fazia um pouquinho de tudo. Aí eu fui convidado e fui lá fazer. Só lembro que não era gravado, era tudo ao vivo. Como não tinha videotape, a gente tinha que ralar mesmo, era ali que a gente mostrava o que era. Hoje em dia está fácil, porque grava, saiu errado, para e volta. Naquela época, não tinha essa facilidade", relembrou, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
Silvio faleceu precisamente às 09h40, segundo a assessoria de imprensa do Hospital Oswaldo Cruz, onde ele estava internado desde o último dia 8. De acordo com o boletim médico, o locutor morreu em decorrência de falência de múltiplos órgãos.
No dia 7 de abril, Silvio foi internado após passar mal e ser socorrido em meio à transmissão de uma partida do Campeonato Paulista, na Record. Ele passou 23 dias no hospital sob supervisão e recebeu alta. Oito dias depois, no entanto, ele foi internado novamente e permaneceu na UTI até vir a óbito.
Não existem informações oficiais, mas segundo fontes do site UOL, Silvio sofreu um derrame. O portal ainda afirma que ele chegou a ser intubado, posto em coma induzido e apresentou problemas nos rins, mas o estado delicado de saúde impediu a realização de uma hemodiálise.