A morte da ex-jogadora de vôlei Isabel Salgado, anunciada na manhã desta quarta-feira (16), pegou o público de surpresa. A atleta estava internada no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e a causa do óbito foi revelada por Paula Barreto, produtora de cinema e amiga pessoal da atleta.
De acordo com Paula, Isabel morreu devido a uma bactéria no pulmão. O tempo entre o mal-estar e óbito foi curto. "Fiz um call com ela na segunda-feira (14). Ela estava super gripada. Falei para ela ir a um hospital, ela me disse que já tinha ido e testado negativo para Covid. Na segunda à noite, foi dormir e passou mal. Deixou para ir para o hospital Sírio na terça (15) de manhã. Quando acordou na terça, já estava bem pior. Internou no Sírio já no CTI.", revelou Paula, em um depoimento divulgado pelo UOL.
Ainda segundo Paula, Isabel chegou a ser entubada, mas não resistiu. Por volta das 4h da manhã, ela sofreu uma parada cardíaca e veio a óbito.
Primeira estrela do vôlei feminino brasileiro, Isabel Salgado fez grande carreira no esporte, passando pelas quadras e pela praia. Carioca, começou a carreira nas categorias de base do Flamengo e ainda na juventude chegou à Seleção, levando o Brasil aos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, e de Los Angeles, em 1984. Em 1979, foi medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de San Juan. Mesmo aposentada, continuou como um dos nomes mais prestigiados do vôlei brasileiro. Anos mais tarde, ela se tornou treinadora.
Isabel foi nomeada por Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo e eleito vice-presidente do Brasil, na última segunda-feira (14) para integrar a área de Esporte da equipe de transição. Ligada a causas sociais e engajada na política, ela não escondeu o apoio ao presidente eleito Lula durante as eleições.
Isabel deixou cinco filhos, entre eles, Maria Clara, Carol Solberg e Pedro Solberg, que seguiram os passos da mãe no esporte e se tornaram atletas.