A menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, morreu no começo desta tarde (22) após ficar cerca de 36 horas internada depois que teve as pernas esmagadas por um acidente em volta da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, na Rua Frei Caneca. Raquel chegou a ter uma perna amputada durante cirurgia de seis horas, sofreu parada cardiorrespiratória e desde que chegou ao Hospital Souza Aguiar, no Centro, seu estado já era considerado gravíssimo.
Raquel teve as pernas imprensadas junto a um poste no final da noite de quarta-feira quando subiu em um carro alegórico da Em Cima da Hora, escola da Série Ouro (antigo Grupo de Acesso). Quando a alegoria foi empurrada ocorreu o acidente.
Além da perna amputada, Raquel sofreu uma lesão no tórax, hemorragia interna e vinha respirando por aparelhos na CTI pediátrica da unidade de saúde. Os desfiles do Grupo Especial estão, por ora, mantidos (confira aqui a ordem das apresentações).
Depois da tragédia, o Ministério Público recomendou que as alegorias recebam escolta da saída da Sapucaí até os barracões. O juiz Sandro Pitthan Espíndola, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, acolheu o pedido do MP, que na véspera da morte de Raquel, afirmou ter havido violação de normas estabelecidas.
Já o carro alegórico da escola envolvido no acidente e que apresentou problemas ao cruzar a Sapucaí foi apreendido pela Polícia Civil. As ligas que são responsáveis pelos desfiles no Rio se disseram abaladas com o acidente, em notas emitidas antes da morte de Raquel. Uma vistoria, na madrugada de quinta-feira chegou a ser realizada no local.
Apesar disso, o segundo dia de desfiles da Série Ouro ocorreram normalmente, com a apresentação de oito escolas. As 15 agremiações disputam uma única vaga na elite em 2023, entre elas Estácio de Sá, Império Serrano, Porto da Pedra e Império da Tijuca.