Moda sustentável: dicas para praticar um estilo de vida fashion e consciente
Publicado em 22 de julho de 2018 às 06:41
Por Purepeople
Quem quer levar um estilo de vida deve repensar todos os seus hábitos de consumo, inclusive na moda. Da produção da matéria prima à ética praticada na loja, toda a cadeia produtiva está envolvida no conceito de sustentabilidade. Além disso, fazer um esforço para comprar menos e fazer as peças durarem mais também é importante para se economizar recursos do planeta. Confira hábitos e dicas que você pode seguir para manter uma vida fashion mais ética e sustentável
Defensora de causas ecológicas e entusiasta do estilo de vida sustentável, Gisele Bündchen encomendou da Versace um vestido com tecido reciclado especialmente para o Met Gala
Stella McCartney é uma das principais entusiastas da causa na moda, além de ter uma cadeia produtiva ética, ela usa apenas materiais sustentáveis
Foi Stella quem fez o vestido com queGisele recebeu o prêmio Eco Laureate, em reconhecimento ao seu trabalho em prol do bioma amazônico, em Milão
Por trás da criação das peças À La Garçonne, o estilista Alexandre Herchcovitch busca sempre reutilizar matéria-prima
Iza veste look exclusivo À La Garçonne para o Prêmio Geração Glamour
Outra entusiasta da causa é a estilista Vivienne Westwood; em evento em Berlim a desginer fez um apelo "Não comprem nada!"
Bruno Gagliasso escolheu look À La Garçonne para inauguração de bar
Miley Cyrus escolheu Stella McCartney para vesti-la para o último Met Gala
Veja + após o anúncio

Não é de hoje que se fala em sustentabilidade. Marcas, modelos, semanas de moda, são muitos os meios em que a bandeira da sustentabilidade tem sido levantada, como o faz Sasha Meneghel, já há mais de uma década. Mas você sabe o que é ser sustentável na moda? Entende como colocar em prática hábitos que mais que um estilo de vida, devem ser incorporados como formas de manter o mundo e a própria humanidade de pé?

Preocupação com a cadeia produtiva

"Ser sustentável começa pela consciência. É rever os hábitos de consumo, cuidar do que se tem e optar sempre pelo 'menos é mais', especialmente no que diz respeito ao consumo", acredita Fernanda Simon, curadora do projeto Fashion Revolution. O Fashion Revolution é um movimento que foi criado em 2013, em vários países, na ocasião do desabamento de um prédio de três andares em Bangladesh onde funcionava uma fábrica de tecidos (a ocasião revelou um lado negro da indústria, com trabalho escravo, condições insalubres e descumprimentos de normas de segurança). O movimento presente em 40 cidades do Brasil, tornou-se ONG este ano, e fomenta palestras e rodas de discussão sobre transparência e ética na produção de roupas, além de formas de ser mais sustentável, causa defendida também pela top model Gisele Bündchen.

Transparência nos processos

O fato é que tudo o que evita a degradação do mundo de maneira geral aproxima quem o faz de uma vida sustentável. Evitar a poluição, o gasto de água com lavagens de roupas ou de determinados tecidos e materiais tóxicos ao meio ambiente são atitudes fundamentais para se produzir uma moda mais ética, como mostra Juliana Paes com doações de roupas. Ser consciente, exige como base que se tenha consciência sobre tudo o que se vai consumir. Desde o momento em que acontece o desejo de uma compra, por exemplo, até a hora de decidir o que comprar. Para Fernanda, a transparência é o primeiro passo para a sustentabilidade. "Isso envolve toda a cadeia produtiva, da produção da matéria-prima e quem está envolvido nela, até as condições de trabalho do vendedor da loja. E quanto mais esses processos forem abertos, menos chances existem de que aconteçam práticas obscuras. Precisamos procurar ficar por dentro disso", diz.

Brechós e customizações para ser sustentável

A compra em brechós, como apostou a atriz Leticia Colin em premiação, e a reciclagem de produtos é outra atitude muito incentivada para se ter hábitos de moda sustentáveis. Estilista por trás da marca de roupas novas e recicladas À La Garçonne, Alexandre Herchcovitch tem desenvolvido esse conceito em suas criações, bem diferentes das que fazia na marca com seu nome. A marca foi escolha de Bruno Gagliasso em lançamento de restaurante. "Na À La Garçonne as roupas são feitas através de estoques de outras empresas ou criadas do zero juntando a identidade das duas marcas. Sempre damos preferência no contato com os fornecedores para comprar a matéria-prima que está há mais tempo na empresa. Raramente pedimos para fabricar coisas novas. Além disso, customizamos peças vintages. Não descartamos nada.", conta ele. Para o designer e seu marido, Fábio Souza, dono da grife, o estilo de uma marca não deve mudar de uma coleção para a outra. "Ele [Fábio] é bem contra a ideia de mudar o estilo de uma coleção para outra. A roupa que você comprou há mais ou menos um ano continua sendo atual e tendo na marca onde você comprou", acredita Alexandre.

Escambo e trocas de roupas evitam consumo

Outros projetos, de trocas e doações de peças são atitudes totalmente incentivadas. O Projeto Gaveta, por exemplo, é focado na criação de uma rede de pessoas que promovam a troca de roupas entre si. "Hoje temos como objetivo a conscientização das pessoas. Apoiamos a moda como reflexo de uma expressão pessoal. Queremos a diversidade de estilos, a originalidade, espontaneidade e autenticidade", afirmam as criadoras do projeto, Giovanna Nader e Raquel Vitti Lino. Fernanda Simon, do Fashion Revolution, concorda que a sustentabilidade engloba também conceitos de diversidade e inclusão. "Quando aplicado à beleza, por exemplo, essa consciência se torna ainda mais importante. É que além de essa indústria ter que se preocupar com processos químicos, poluentes e testes em animais, tem toda a questão do estereótipo pregado nos anúncios. A atenção à inclusão é fundamental para uma marca ser sustentável", acredita.

Famosos engajados na causa

Entusiasta do estilo de vida sustentável, a jornalista de moda Lilian Pacce criou a hashtag #umlookporumasemana , que desafia as pessoas a repetirem a mesma peça de roupa durante uma semana e serem criativas na hora de combinar o que já têm no guarda-roupa. Já a atriz e apresentadora Fernanda Paes Leme propõe no programa de TV "Desengaveta" um consumo mais consciente por parte de quem tem muita roupa no armário. Já participaram do programa, por exemplo, as fashionistas Giovanna Ewbank e Camila Coelho. Gisele Bündchen também é conhecida por defender questões ecológicas e sempre usa peças sustentáveis no tapete vermelho.

(por Deborah Couto)

Palavras-chave
Moda Beleza Lifestyle Principais notícias
Sobre o mesmo tema
Notícias similares
4 modelos de tênis parecidos com o Adidas Samba, mas bem mais baratos
4 modelos de tênis parecidos com o Adidas Samba, mas bem mais baratos
14 de agosto de 2024
Nem harmonização, nem preenchimento: segredo da beleza de Giovanna Antonelli e Danielle Winits está em um produto coreano inovador
Nem harmonização, nem preenchimento: segredo da beleza de Giovanna Antonelli e Danielle Winits está em um produto coreano inovador
26 de novembro de 2024
Últimas Notícias
Assédio sexual e ambiente hostil: Blake Lively processa Justin Baldoni, do filme 'É Assim que Acaba', e faz GRAVES acusações contra ator
Assédio sexual e ambiente hostil: Blake Lively processa Justin Baldoni, do filme 'É Assim que Acaba', e faz GRAVES acusações contra ator
21 de dezembro de 2024
Eva cresceu! Aos 12 anos, filha de Angélica rouba a cena por seu tamanho em foto com a apresentadora, que elogia: 'Gata'
Eva cresceu! Aos 12 anos, filha de Angélica rouba a cena por seu tamanho em foto com a apresentadora, que elogia: 'Gata'
21 de dezembro de 2024
Últimas Notícias