Quase um ano após sofrer acidente enquanto esquiava em Méribel, nos Alpes Franceses, Michael Schumacher está preso na cadeira de rodas, afirma Philippe Streiff, amigo dele e ex-piloto de Fórmula 1 em entrevista à rádio Europe 1. O alemão sofreu um trauma craniano após bater a cabeça em uma pedra no dia 29 de dezembro de 2013.
Streiff foi taxativo ao explicar o estado de saúde de Schumacher. "Ele está melhor, mas isso é relativo. Ele não fala, está paralisado e em uma cadeira de rodas. Ele tem problemas de memória e de fala", contou o ex-corredor francês. Por usar um capacete na hora do acidente, o ex-atleta que estava acompanhado pelo filho Mick, de 14 anos, não chegou a correr risco de vida, mas mesmo assim acabou entrando em coma por causa do impacto da batida.
Schumacher permaneceu internado até o início de setembro, quando foi liberado para seguir o tratamento médico em casa. O heptacampeão de Fórmula 1 havia saido do coma em meados de junho, quando acabou sendo transferido para uma clínica na cidade de Lausanne, na Suíça. Ainda durante o período de internação, Michael Schumacher despertou do coma por alguns segundos e acabou reconhecendo a mulher, Corine, com quem passou a se comunicar usando somente os movimentos dos olhos.
Amigo ressalta possibilidade de 'vida relativamente normal'
No início de outubro, Michael Schumacher recebeu a visita do amigo e presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) Jean Todt, que se mostrou esperançoso na evolução do quadro de saúde do heptacampeão. "Podemos assumir que ele viverá uma vida relativamente normal dentro de pouco tempo. Lutas e condições vão melhorando, o que é importante", afirmou Todt.
"É um lutador, mas foi vítima de um trágico acidente, que pode acontecer com qualquer pessoa", acrescentou o presidente da entidade. Jean Todt finalizou contando que a família de Schumacher está ao seu lado, mas a sua evolução é lenta: "Ele está batalhando, mas precisa de tempo e o melhor é deixá-lo tranquilo".