O "Sétimo Guardião" estreia nesta segunda-feira (12) com uma trama diferente do convencional. A novela de Aguinaldo Silva aposta no realismo fantástico através de visões e relações místicas com o gato Leon (Eduardo Moscovis). Na pele da protagonista Luz, Marina Ruy Barbosa defendeu o gênero escolhido pelo autor. "Acho que o mistério e o pé um pouco fora da realidade dão um sabor a mais à trama e isso as pessoas também curtem, ficam interessadas. Espero que o público goste tanto quanto eu. É uma novela que não tem compromisso com a coerência, mas que ao mesmo tempo fazemos com verdade. Acho que esse equilíbrio é a receita para a trama dar certo", explicou à colunista Patrícia Kogut, do jornal "O Globo".
Apesar do frio na barriga antes da estreia, a ruiva garantiu que evita pensar na recepção do público: "Se eu entrar num trabalho preocupada em ser aceita, vou estar dando um primeiro passo torto. Penso em fazer bem, em dar uma voz crível à história e em cumprir meu papel, executando a personagem do jeito certo para que a trama concebida pelo autor se desenrole. Não se trata da busca por uma aceitação, mas sim de trazer o público para caminharmos juntos. Uma consequência natural de quando o personagem é feito com dedicação, seriedade e carinho".
A atriz, com sonho de viver uma vilã, preferiu não definir a Luz como uma mocinha: "Sempre procuro fugir desses rótulos. Não vejo a Luz como uma mocinha, mas é uma personagem que tem bom coração. Como todo mundo na vida, faz escolhas boas e ruins". Avessa a rótulos, a artista ainda assumiu o incômodo por ganhar fama de "certinha": "Se eu falar que não me incomoda, vou estar mentindo. Rótulo é tão limitador. Ninguém deveria rotular. Somos múltiplos, mudamos com o tempo. Erramos, aprendemos, amadurecemos. Por mais que façamos determinada atividade, nada impede que gostemos de outras coisas e que queiramos experimentar. Eu sou assim. Acho que com o tempo isso ficará cada vez mais claro. Mas, se 'ser certinha' é ser profissional, dedicada e optar por um estilo de vida mais reservado, não vejo problema algum".
(Por Tatiana Mariano)