Maria Júlia Coutinho, a Maju do "Jornal Nacional", está fazendo o maior sucesso entre o público desde que foi "batizada" com o apelido por William Bonner ao vivo no telejornal da Globo. No último domingo (12), a jornalista foi surpreendida pela equipe do programa "Pânico na Band" enquanto saía da sede da emissora em São Paulo e, mais uma vez, esbanjou simpatia.
Ela foi abordada por Rodrigo Scarpa, o Repórter Vesgo, que a questionou do sonho de chamar William Bonner de "tio". Maju já havia participado do "Encontro com Fátima", no qual a mulher do apresentador do "JN" a incentivou a também apelidá-lo. "Esse sonho foi quase realizado porque eu não 'pesquei'. Ele mesmo se chamou", disse Maju ao humorista.
"Você tem um sonho de poder chamar o William Bonner de tio no ar, não é?", perguntou Vesgo. "É, mas eu nunca vou pode fazer isso, eu acho", lamentou a jornalista, que foi surpreendida pelo sósia do âncora do "JN", vivido por Gui Santana. "Mas, Bonner, eu pensei que você fosse mais alto e mais magro", brincou Maria Júlia. Continuando com o clima de descontração, ela perguntou: "Posso te chamar de tio?".
O humorista ainda pediu que ela descesse do carro para abraçá-lo, mas ela se justificou: "Bonner, eu não posso ficar em pé. Isso vai dar problema com a Fátima e com o meu marido", disse, aos risos. "Eu só quero falar 'boa noite, tio Bonner'", continuou Maju.
Maria Júlia relembra comentários racistas na internet: 'Resposta é o trabalho'
Durante a entrevista, Maju relembrou os recentes ataques racistas que sofreu de alguns internautas. Ela contou com o apoio da equipe do "Jornal Nacional", que criou a campanha "Somos Todos Maju" nas redes sociais, e ganhou aprovação de mais famosos como Camila Pitanga e Sheron Menezzes. "Eu tô muito feliz com esse amor todo e eu gosto das críticas quando elas me ajudam a corrigir o rumo de alguma coisa, não tem o menor problema", afirmou Maju ao "Pânico". Ela ainda citou o apoio de Gloria Maria, que também sofreu preconceito no início da carreira. "A gente trabalha muito e a nossa resposta é o trabalho", disse. Maju também contou que ganhou uma música em sua homenagem. "Eu não conhecia o compositor e fiquei sabendo pelo Twitter. Mas eu chorei tanto... linda a música!", elogiou.
A jornalista relembrou como surgiu o convite para se tornar garota do tempo do "JN". "Nossa, eu fiquei tão abismada. Foi no dia 11 de abril. A minha chefe aqui de São Paulo me chamou em um sábado e falou assim: 'olha, Maju, o seu trabalho tá bem bacana, a gente queria que você fosse para o Jornal Nacional'. Aí eu falei: 'ai, que máximo, que legal! Mas daqui a quanto tempo?'. Aí ela: 'dia 27'. E eu: 'De maio?'. Ela: 'Não, de abril'. Foi uma surpresa louca, minha vida deu uma reviravolta!", vibrou.
Em breve, Maju deve ser promovida de cargo na TV Globo. A ideia, que já existia e foi acelerada com a repercussão e carinhos direcionados à jornalista após os ataques racistas, é que ela entre na escala de folgas e feriados dos apresentadores de telejornais. Sendo assim, ela assumirá o posto de âncora. As informações são da coluna "Zapping", do jornal "Agora São Paulo". Ainda segundo a publicação, ela será testada à frente do "SP TV" e depois em rede nacional.
(Por Caroline Moliari)