Luciano Huck resolveu demonstrar seu apoio ao jogador Daniel Alves, vítima de preconceito racial durante a partida de Barcelona e Villarreal neste domingo (27) e lançou camisetas com a expressão "Somos todos macacos" estampada. Cada peça que leva a frase em destaque é encontrada no site da marca "Use Huck" por R$ 69,00.
O texto para promover a roupa mostra a indignação sobre o episódio de racismo que levou o brasileiro a comer uma banana assim que a fruta foi arremessada por um torcedor do time rival.
"Racismo em pleno século XXI?! A gente manda uma banana para todos os racistas e assim como o Daniel Alves, mostramos que somos 'muuuuuito' maiores do que qualquer preconceito estúpido. Vista essa causa e mostre que somos todos iguais", diz a mensagem da propaganda publicada no perfil oficial da marca no Facebook.
'Oportunista'
Não faltaram críticas ao apresentador, que chegou a ser chamado de oportunista: "Oportunista! Será que os ganhos com a venda desta camiseta serão revertidos para alguma instituição de combate ao racismo?", questiona um usuário na página de venda de camisetas no Facebook.
Outro atacou a iniciativa da venda das peças: "Grande campanha de combate ao racismo de um site que não tem modelos negras ou negros", observou um usuário.
"Chega a ser revoltante saber que oportunistas (Luciano Huck e sua grife para ser mais especifica) estão lucrando com esse episódio de racismo que aconteceu com o jogador Daniel Alves", disse outra usuária.
Agência criou campanha
De acordo com a revista "Meio e Mensagem", a campanha iniciada por Neymar "Somos todos macacos" foi elaborada e lançada pela agência de publicidade Loducca. À publicação, o vice-presidente da agência Guga Ketzer explicou como aproveitou o momento para criar a campanha: "A melhor maneira de acabar com preconceito é tirar a palavra. E disso veio a ideia de criar um ícone para expressar isso, que é a pessoa comendo a banana", disse.
A estratégia de repulsa contra o racismo no futebol não é nova. A campanha já havia sido idealizada duas semanas antes de Daniel Alves. A agência de publicidade Loducca, do grupo ABC, arquitetou a ideia logo após Neymar ter sido alvo de racismo também durante um jogo do Barça.